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SERVIDORES DA UBS 7 DE SAMAMBAIA FAZEM MANIFESTAÇÃO PARA IMPEDIR EXONERAÇÃO DE GERENTE DA UNIDADE

Publicada em 2 de maio de 2023

Na última sexta-feira, dia 28, servidores da Unidade Básica de Saúde (UBS) 07 de Samambaia realizaram um movimento de paralisação das atividades, no período da manhã, devido a exoneração repentina da Gerente de Serviços de Atenção Primária (GSAP) da unidade. A mudança foi realizada sem justificativa e sem a observação de qualquer critério técnico. O objetivo do movimento dos servidores é que a Secretaria de Saúde (SES) torne sem efeito a saída da gestora.

A equipe da unidade argumenta que a UBS 7 apresenta os melhores indicadores de saúde da região e, por isso, não haveria motivos para a mudança da gestão. Entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos de enfermagem, dentistas, técnicos administrativos, agentes comunitários e demais servidores, é consenso que a gestora organizou os processos de trabalho a unidade e conduziu de forma estritamente técnica os serviços prestados à população.

Isso pode ser constatado através de alguns indicadores do QUALIS APS, como a quantidade de consultas pré-natais; realização de exames para diagnóstico de sífilis e HIV; saúde bucal em gestantes; cobertura de vacina de pólio e penta-valente em crianças de até um ano; entre outros. Além disso, melhorias na estrutura física, fortalecimento das ações de Estratégia Saúde da Família e do NASF junto à comunidade, foram realizadas durante a gestão que está sendo defendida pelos servidores.

Na avaliação da equipe, esta movimentação da SES cumpre um critério exclusivamente político, pois a Região de Saúde Sudoeste vem passando por várias mudanças. Muitas denúncias de perseguição e assédio político às gestões que possuem perfil técnico estão chegando ao SindEnfermeiro. Como já afirmamos em outro artigo, mesmo com a crise permanente da saúde pública do Distrito Federal (DF), a gestão da SES parece criar mais barreiras para qualquer avanço que sinalize uma organização mínima da rede assistencial.

Estas ações, no atual cenário de crise da saúde pública, afetam sobremaneira os processos de gestão dos serviços nos territórios, contribuindo com a piora no acesso da população à assistência em saúde. O SindEnfermeiro exige que as nomeações para os cargos de gestão cumpram um critério estritamente técnico. Por isso, reforça a manifestação dos servidos da UBS 7 de Samambaia contra as interferências políticas nas unidades de saúde da SES.

Vale ressaltar também, que servidores vem sofrendo ameaças de retaliação por conta da manifestação realizada na sexta. O SindEnfermeiro-DF reconhece como legítima a manifestação de quase 60 trabalhadores da unidade e não aceitará ameaças aos profissionais que se dedicam a prestar assistência à população de Samambaia.