Mais de 500 profissionais e estudantes de enfermagem participaram hoje (14/2) do ato realizado em frente ao Ministério da Saúde para cobrar do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a edição urgente de medida provisória que institui o pagamento do Piso Salarial da Enfermagem. Estiveram presentes os diretores do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal: Nayara Jéssica, Marcos di Cavalcante, Suderlan Sabino, Ursula Nepomoceno, Inaldo Basílio e Rangel Fernandes. O presidente do sindicato, Jorge Henrique Sousa, estava no ato e discursou no palanque do evento.
O ato não ocorreu apenas em Brasília, estiveram lutando pelos seus direitos os trabalhadores de todo o país. Os enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem representaram os quase 3 milhões de profissionais do país que querem o pagamento no contracheque para evitar a paralisação nacional do setor no dia 10 de março. Enfermeiros, técnicos de enfermagem, estudantes, sindicalistas e parlamentares de vários cantos do país uniram-se em torno dessa única reivindicação.
“Nesses últimos anos, aprendemos uma lição fundamental que é preciso lutar e é possível vencer, e para a gente vencer não podemos esquecer de uma palavra de ordem fundamental que é a mobilização permanente da enfermagem nas ruas”, disse, em discurso, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal, Jorge Henrique Sousa.
O presidente pontuou que para a categoria ter conquistas, ela tira lições da luta e, segundo ele, foram tiradas muitas lições nesses últimos três anos. Para ele, a unidade na luta é o que garante a vitória, além disso Jorge Henrique trouxe à memória que a união das entidades trouxe muita conquista no debate em torno do Piso Nacional da Enfermagem. “De um lado tem patrões que tentam captar a minuta conforme seus interesses, mas do outro lado tem mais de 2 milhões de trabalhadores que querem o piso nos seus contracheque, e eles não vão desistir”, afirmou.
Lanna Andrade, enfermeira em Senador Canedo (GO), contou que veio até o ato de Brasília, reivindicar o piso salarial para trabalhadores. Segundo ela, os profissionais são testemunhas da luta árdua da categoria, que infelizmente encontrou obstáculos no caminho. “Principalmente, durante a pandemia muitos de nós morreram, e agora queremos ser valorizados e reconhecidos enquanto profissão. O piso não é só dinheiro, é uma forma de reconhecer o trabalhador”, pontuou.
De Aparecida de Goiânia (GO), Leandro Madeira, que trabalha na atenção básica e na emergência, afirma que viajou por mais de três horas porque reconhece o quanto é importante estar presente em uma mobilização da enfermagem. “Luto pela valorização do enfermeiro, estamos buscando a liberação do nosso recurso e pressionando o governo para que isso aconteça o mais rápido possível”, contou.
O movimento foi convocado pelo Fórum Nacional da Enfermagem, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), SindEnfermeiro-DF, Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (SINDATE-DF), Coren-DF, ABEn Nacional e ABEn-DF. E contou com apoio dos deputados distritais Dayse Amarílio e Jorge Viana.
