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CLDF aprova em plenário reajuste para enfermeiros da SES

Publicada em 31 de março de 2022

Os enfermeiros da rede pública do Distrito Federal conquistaram ontem (30) uma vitória histórica na luta pela reestruturação: após quase 10 anos sem nenhum reajuste salarial, a Câmara Legislativa do DF (CLDF) aprovou em dois turnos o projeto de lei 2658/2022 – que concede à categoria o aumento de seus vencimentos.

O Legislativo também aprovou a readequação salarial dos especialistas em saúde da SES através do PL 2661/2022, que vão receber os mesmos percentuais de reajuste.

Os novos valores passam a vigorar a partir de 1º de julho deste ano – e com isso, o vencimento inicial básico de um enfermeiro que trabalha 20 horas será de R$ 3.519,17. Já para os enfermeiros que atuam 40 horas semanais, o valor inicial básico passa a ser de R$ 7.038,35. Os percentuais de reajuste variam de 15 a 19%, de acordo com o nível de progressão de carreiras.

O SindEnfermeiro-DF esteve presente na votação em plenário, representado pela presidente Dayse Amarílio, pelo secretário-geral da entidade, Jorge Henrique, e pela diretora administrativa Ursula Nepomoceno.

Objetivo é equiparação com odontólogos, mesmo com reajuste

Dayse lembrou que, a princípio, não existia previsão de reajuste salarial para nenhuma categoria da saúde – e apesar da vitória conquistada ontem, o objetivo final é a equiparação da carreira de enfermeiro com os odontólogos.

“Desde o início da nossa gestão no sindicato, a isonomia sempre foi uma das nossas principais bandeiras – mas, apesar dos nossos esforços durante todo esse período, só conseguimos iniciar uma negociação de fato há cerca de 20 dias, e sem perspectiva nenhuma de conseguir. Foi com muita dificuldade que chegamos a uma proposta final de reajuste, que apesar de ainda não ser a nossa sonhada isonomia, é um alívio para uma categoria que estava sem aumentos há anos”, pontuou Dayse.

A presidente do SindEnfermeiro reforçou, ainda, o compromisso em seguir na luta pela equiparação com os odontólogos, e lembrou que a conquista do reajuste só foi possível graças à mobilização conjunta dos enfermeiros e especialistas em saúde.

“Nossa luta não acabou por aqui. É uma sinalização. O governador disse que é uma sinalização para que haja uma equiparação e uma correção dessa injustiça. Mas ter o apoio dos especialistas em saúde nessa luta conjunta por uma remuneração mais justa foi fundamental para fazer essa espera de quase uma década chegar ao fim”, finalizou.

Momento histórico para os trabalhadores

Jorge Henrique, secretário-geral do sindicato, classificou como histórica a movimentação feita pelos Enfermeiros e Especialistas tanto na assembleia como no plenário.

“Esse [reajuste] é um reconhecimento para o trabalho dos enfermeiros e dos especialistas, mas a luta não para por aqui. Mesmo com esse reajuste que nós ganhamos, iremos continuar na luta para chegarmos a tão sonhada equiparação salarial com os odontólogos”, completou Jorge.