Após semanas de intensas negociações entre o SindEnfermeiro-DF e o governador Ibaneis Rocha (MDB), o Governo do Distrito Federal (GDF) deve apresentar amanhã (17) a proposta do Executivo para a reestruturação da carreira de enfermeiro na Secretaria de Saúde (SES-DF).
A informação foi dada hoje (16) pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) em encontro com a presidente do SindEnfermeiro-DF, Dayse Amarílio, durante agenda do chefe do Executivo na Estrutural.
Para Dayse, o compromisso do governador em analisar as possibilidades para a reestruturação mostra que há vontade por parte do Executivo de atender a demanda dos enfermeiros e entender a importância desta pauta, e a promessa é que o documento seja entregue ao sindicato assim que formalizado – o que de fato deve ocorrer amanhã (17).
“As respostas que recebemos do GDF nas últimas reuniões sinalizam que o governador compreendeu a necessidade de fazer essa reparação, e de maneira urgente. Vamos analisar a proposta a ser formalizada amanhã para, em seguida, deliberarmos sobre a proposta junto à categoria, em assembleia a ser realizada nos próximos dias. São os enfermeiros da SES que devem dizer como vamos seguir nessa luta”, afirmou.
Vitória apesar das dificuldades
A presidente do SindEnfermeiro lembrou que, há poucos meses, não havia sequer uma sinalização de que a reestruturação poderia ocorrer agora ou no futuro, e ressalta que o respeito ao prazo para apresentar a proposta por parte do Executivo é uma demonstração clara de que existe vontade política para que o projeto saia.
“Nós corremos atrás do governo para mostrar a importância da reestruturação, e mesmo com as dificuldades enfrentadas – desde as sucessivas tentativas de boicote às nossas agendas com o governador até as articulações sombrias de alguns para dividir a categoria – conseguimos fazer nossa voz ser ouvida e sensibilizar o governador – que se mostra muito solícito ao cumprir o prazo determinado por ele mesmo (10 dias) e acatado por nós em assembleia”, pontuou.
Ainda segundo Dayse, “qualquer proposta de movimentação alheia aos enfermeiros e não pactuada em assembleia deve ser encarada como tentativa de divisão da categoria e de manobra para tentar dificultar a aprovação da reestruturação da carreira. Por isso, lutamos diariamente para manter a independência e autonomia do sindicato contra aqueles que pensam apenas nos seus próprios ganhos políticos.”, finalizou.
