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A Ação Conjunta Covid-19 vai ao HRAN averiguar condições de trabalho, quantitativo de insumos e atendimento aos pacientes

Publicada em 23 de setembro de 2021

A Ação Conjunta Covid-19 esteve, na manhã desta quinta-feira (23), no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) para averiguar as condições de trabalho dos servidores e atendimento aos pacientes, além de apurar denúncias sobre o desabastecimento de insumos para realização de procedimentos básicos e falta de leitos.

Estiveram presentes na vista a presidente do SindEnfermeiro-DF, Dayse Amarílio, o secretário-geral Jorge Henrique, o deputado distrital e presidente da Comissão de Direitos Humanos da CLDF, Fábio Félix e representantes do Conselho de Saúde do DF e da OAB-DF.

Situação complicada

Durante a visita, o grupo constatou que está acontecendo uma desmobilização dos leitos destinados ao tratamento de pacientes de covid, além do fechamento da retaguarda para esses leitos. “Na visita vimos um paciente da ala de internação que estava sendo transferido pelo SAMU – para outro hospital – e outro paciente também em estado grave. O andar em que eles estavam não possui a estrutura necessária”, destaca Dayse.

“Temos um problema de recursos humanos. Encontramos quatro leitos bloqueados por falta de recursos humanos, principalmente técnicos em enfermagem na UTI, correndo o risco de outros dois leitos serem bloqueados por conta disso”, ressalta Dayse.

A instituição também sofre com a falta recursos humanos na enfermagem e médicos do contrato temporário, principalmente para dar suporte na emergência. Foi informado que a rotatividade entre médicos contratados temporariamente é alta. Dos 10 profissionais contratados no último processo seletivo temporário, apenas dois continuam no hospital. ”

Falta de insumos básicos

Outro problema relatado pelos trabalhadores e encontrado durante a fiscalização foi a falta de materiais de limpeza. A BRA empresa responsável pelos insumos não tem disponibilizado itens como papel toalha, álcool e outros materiais no quantitativo necessário.

“Faltam rotineiramente papel toalha, higiênico, sabonete líquido e álcool. Outra preocupação é a retaguarda no hospital, pois os leitos disponíveis são de UCI – Unidade de Cuidado Intensivo – e não de UTI. Além disso, os contratos dos hospitais de campanha acabarão em 1º de outubro e ainda não sabemos se haverá renovação. O HRAN é uma panela de pressão a ponto de explodir”, alerta Dayse.

Próximos passos

Será produzindo um relatório com as constatações feitas na instituição que será encaminhado para a Secretaria de saúde. A intenção é fazer algumas sugestões para a Pasta, afim de que elas ajudem no fluxo do hospital. “É necessário aumentar  o número de profissionais efetivos. Nosso desejo é que aconteçam mais convocações de profissionais aprovados e que saiam novos concursos para não ficarmos dependentes das contratações temporárias”, afirma Dayse.

De acordo com Dayse, a Ação Conjunta está em busca de mais detalhes sobre a situação da renovação do contato com os hospitais de campanha, que dão retaguarda para muitos hospitais – inclusive o HRAN.

Existe a necessidade urgente de contratação de enfermeiros, técnicos em enfermagem e médicos. O sindicato defende que essas contratações sejam feitas por concurso, para que esses profissionais sejam efetivados e treinados e deem continuidade ao serviço. Também é necessária a efetivação ampliação da carga horária dos servidores, que hoje têm a possibilidade de trabalhar 40 horas semanais, que vai até o dia 31 de dezembro.

O SindEnfermeiro reitera seu compromisso e luta para que além das nomeações, aconteçam concursos para profissionais generalistas, afim de abarcarem o déficit existente na rede.