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Em assembleia, SindEnfermeiro discute acordos trabalhistas com enfermeiros do IGESDF e da rede privada

Publicada em 13 de abril de 2021

Na noite de ontem (12), o Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF) realizou assembleia virtual com os enfermeiros que atuam no Instituto de Gestão Estratégica da Saúde (IGESDF), além daqueles que trabalham nos hospitais da rede privada do DF. Com início às 19h15, a assembleia foi mediada pelo secretário-geral do SindEnfermeiro, Jorge Henrique, e pela advogada Jacqueline Sousa.

Para os profissionais do instituto, o encontro teve como objetivo negociar junto à categoria as bases de negociação para o novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que venceu no fim de 2020 e ainda não foi renovado – apesar das tentativas de negociação do sindicato. Com isso, os enfermeiros presentes puderam manifestar suas reivindicações e apontar possíveis problemas que vem sendo enfrentados no cumprimento da legislação trabalhista.

Já para os trabalhadores que atuam nas unidades da rede privada, a assembleia também teve o propósito de apresentar o andamento das tratativas junto ao Sindicato Brasiliense de Hospitais, Casas de Saúde e Clínicas (SBH) para a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

De acordo com Jorge, “o momento é importante para apresentarmos o panorama tanto do acordo quanto da convenção e as condições de negociação – mas principalmente ouvir os trabalhadores para que a gente possa garantir a execução dos acordos, já que a pandemia tem sido utilizada amplamente como “desculpa” para retardar as negociações. Nesse momento, garantir os acordos é também uma questão de justiça, já que a enfermagem é parte fundamental da assistência multidisciplinar”.

Mediação com IGESDF

Durante a assembleia, os trabalhadores foram orientados a respeito do pedido de mediação realizado pelo SindEnfermeiro no fim de março, obrigando o IGESDF a participar das negociações sobre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), suspenso desde o fim de 2020 por conta das sucessivas trocas na cúpula de gestão do instituto.

Apesar da manutenção das cláusulas sociais, a antiga gestão do IGESDF havia se comprometido a negociar as bases salariais no início de 2021 – o que não foi feito. Agora, o objetivo é de não só manter os atuais termos e a previsão do reajuste, mas também a possibilidade de ampliação das cláusulas – considerando o alto grau de risco e estresse no qual os enfermeiros estão submetidos.

Dificuldades com rede privada

Nas conversas com os enfermeiros da rede privada, foram relatadas as dificuldades para as negociações junto ao sindicato patronal – já que, sob a alegação de que a pandemia tem provocado dificuldades financeiras, a entidade que representa os hospitais, clínicas e outros estabelecimentos de saúde tem se recusado a negociar.

Com isso, o CCT dos trabalhadores também se encontra suspenso, pois o reajuste salarial proposto pela entidade não proporciona um aumento real na remuneração – visto que não há um piso salarial definido, além da necessidade de valorização da enfermagem num momento em que a categoria se mostrou fundamental no combate ao coronavírus.