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[OPINIÃO] A luta em defesa da CEB e do serviço público

Publicada em 1 de dezembro de 2020

Texto de Jorge Henrique, secretário-geral do SindEnfermeiro-DF

Depois de ampliar a terceirização e privatização da saúde pública do DF e descumprir suas promessas de campanha, o governador Ibaneis Rocha (MDB) pretende privatizar algumas empresas públicas do DF, como o Metrô, a Companhia de Saneamento Ambiental (CAESB) e a Companhia Energética de Brasília (CEB).

No próximo dia 04 de dezembro, o governador pretende levar a CEB a leilão, mas o GDF sequer foi autorizado pela Câmara Legislativa do DF a realizar o procedimento – revelando o claro interesse de Ibaneis em entregar um patrimônio do Distrito Federal para a iniciativa privada.

A CEB é uma das concessionárias de energia mais bem avaliadas do Brasil e teve no terceiro trimestre do ano um lucro de R$ 99,4 milhões. A empresa, além de ser lucrativa, emprega milhares de trabalhadores e oferece um serviço considerado de qualidade. A CEB, portanto, não pode ser privatizada.

A tragédia que aconteceu no Amapá é emblemática. A irresponsabilidade da empresa privada que administra a concessão dos serviços de eletricidade deixou praticamente toda a população do estado às escuras por mais de duas semanas, levando a uma situação de calamidade pública.

As privatizações de empresas públicas nos últimos anos têm encarecido e piorado os serviços oferecidos à população, e servido apenas para favorecer alguns poucos membros do empresariado. Enquanto isso, a população continua sofrendo com o aumento das taxas e com os péssimos serviços.

Por isso, convocamos as Enfermeiras e Enfermeiros, bem como outros profissionais da saúde, a participarem do ato público amanhã (02), às 10h, na Praça do Buriti – contra a privatização da CEB, em defesa dos serviços públicos e contra os ataques aos servidores e aposentados.

O SindEnfermeiro-DF reitera a sua posição contrária à terceirização e privatização da saúde, além de ser contra a entrega das empresas públicas do DF à iniciativa privada – pois entendemos que, com o sucateamento do serviço público, no fim, a população será a mais prejudicada.