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Estudantes de enfermagem da ESCS ganham premiação por trabalho sobre assistência à gestante imigrante no âmbito do SUS

Publicada em 17 de julho de 2020

Foto: Arquivo pessoal

O momento do parto é uma experiência única na vida de uma mulher. E nesse contexto, as enfermeiras obstetras possuem papel fundamental para que tudo corra bem, auxiliando não apenas com as técnicas de parto, mas também levando em conta o aspecto psicológico da gestante.

Mas, para você que é ou será mãe ainda, já imaginou como seria ter o seu filho em um país completamente diferente do seu, com uma cultura diferente e outro idioma? Esse foi o objeto de estudo de duas estudantes de Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde de Brasília (ESCS), que foram vencedoras do I Simpósio Caririense de Assistência ao Parto Normal, realizado pela Universidade Federal do Cariri (UFCA).

Com o título “Comunicação e Assistência à parturiente imigrante no Sistema Único de Saúde (SUS)”, o trabalho de autoria das estudantes Bárbara Cristina e Sâmia Letícia trouxe uma análise sobre os desafios no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) para o atendimento a pessoas oriundas de outras nações, e as barreiras que ainda atrapalham a prestação da plena assistência a esses pacientes.

Uma das autoras do projeto, Sâmia Letícia, destaca que “enquanto futuras enfermeiras, é fundamental compreender a importância que o princípio da Universalidade possui no contexto do SUS, para que seja assegurado um atendimento equânime e integral, inclusive, para os estrangeiros”.

Ainda segundo a estudante, apesar da ausência de políticas públicas em saúde voltadas aos imigrantes, o princípio da assistência humanizada e baseada em evidências adotada pelo SUS permite que os profissionais desenvolvam competências culturais para atender pacientes de diferentes nacionalidades, etnias, sexo, poder aquisitivo e níveis de escolaridade.

Enfermeira obstetra Geruza Amaral. Foto: Arquivo pessoal

Segundo a enfermeira obstetra Geruza Amaral, que participou do parto realizado no Centro Obstétrico do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), o casal de imigrantes vindos da Líbia havia acabado de chegar ao Brasil, e sequer falavam português. “Todas as barreiras de idioma e religiosas (sic) foram rompidas quando foi estabelecida a paz entre nós (enfermeiras) e o casal”, afirma.

Para a obstetra, “o idioma universal é o respeito e o amor verdadeiro ao próximo, e no momento sagrado do nascimento, é o que precisamos para estabelecer uma relação de confiança e afeto”, finalizou.