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Ação Conjunta contra a Covid-19 visita Hospital de Campanha do Mané Garrincha para averiguar condições de trabalho

Publicada em 26 de maio de 2020

Nesta terça (26), a Ação Conjunta Covid-19 – iniciativa que reúne SindEnfermeiro-DF, SindEnfermeiro-DF, COREN-DF, ABEn-DF, OAB-DF, CRP-DF, Conselho Regional de Saúde de Brasília, Comissão de Saúde do DF e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa – esteve no Hospital de Campanha do Mané Garrincha para averiguar as condições de trabalho dos profissionais de saúde.

O grupo esteve na unidade para acompanhar os fluxos de atendimento e a retaguarda dos serviços, bem como a disponibilidade dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e questões relacionadas à segurança dos profissionais.

Durante a visita, foi constatado que o hospital – designado para atender pacientes de baixa e média complexidade com o diagnóstico positivo do coronavírus, e que não possui leitos de UTI – não está em pleno funcionamento, visto que apenas 10% dos leitos disponíveis estão ocupados. A unidade também possui boa disponibilidade de equipamentos e os fluxos de atendimento também se encontram bem definidos. No entanto, foi constatado que os equipamentos e outros materiais – que estão sob responsabilidade da Secretaria de Saúde (SES-DF) – não passaram pelo processo de balanço patrimonial, o que dificulta o controle para a devolução dos equipamentos à rede.

Além disso, foi constatado que os profissionais que atuam nas áreas de segurança e limpeza também são ligados à pasta, mas não existem informações sobre o pagamento de aditivos nas novas contratações feitas pela empresa responsável, ou se esses profissionais foram apenas realocados de outras unidades para o hospital de campanha – visto que a empresa contratada têm sido alvo de reclamações pelo serviço prestado.

Encaminhamentos

Um dos protocolos do Hospital de Campanha do Mané Garrincha prevê que somente pacientes que estão internados no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) podem ser encaminhados para a unidade. Segundo Dayse, a medida gera preocupação por dificultar o acesso dos hospitais localizados nas periferias – que estão próximos da superlotação – aos leitos no estádio.

“Estamos preocupados porque com essa restrição, os hospitais regionais que estão mais afastados encontram maiores dificuldades para encaminhar pacientes ao hospital de campanha – que ainda possui muitos leitos disponíveis. Existem muitos pacientes com necessidade de assistência à Covid que estão nos hospitais de outras regiões administrativas aguardando por um leito no HRAN, que já está cheio”, afirmou.

União contra a pandemia

Além de visitar unidades de saúde do DF, a Ação Conjunta Covid-19 tem como objetivo uma série de atividades, entre elas mediar doações de equipamentos de proteção individual aos profissionais que estão na linha de frente contra o novo coronavírus e averiguar questões que dizem respeito aos direitos humanos e dos trabalhadores.