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Saiu na mídia: Presidente do SindEnfermeiro fala sobre desvalorização do profissional de enfermagem

Pesquisa publicada pelo portal de notícias Metrópoles aponta para a desvalorização do enfermeiro nas redes pública e privada do Distrito Federal

Publicada em 13 de abril de 2020

Os profissionais de enfermagem receberam menos pelo período trabalhado em 2019. De acordo com pesquisa publicada no último sábado (11), pelo portal de notícias Metrópoles, essa é uma realidade rotineira para enfermeiros de hospitais públicos e privados de todo o Distrito Federal. A pesquisa foi promovida pela plataforma Quero Bolsa e aponta a desvalorização no trabalho dos profissionais da enfermagem.

O reflexo dessa subvalorização pode ser visto no fato dos enfermeiros serem os profissionais de nível superior que possuem os menores salários, mesmo sendo fundamentais para a prestação de uma assistência de qualidade. Segundo a pesquisa, feita pela plataforma com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) sobre salários, os enfermeiros que recebiam, em média, R$ 4.644,73 em 2018, passaram a receber em 2019, em média, R$ 3.846,31. No entanto, em algumas instituições, o salário pode chegar a um valor muito menor.

Segundo a presidente do SindEnfermeiro-DF, Dayse Amarílio – em entrevista ao portal, um dos fatores que influenciam a desvalorização da categoria – incluindo os salários abaixo da realidade, é a visão da população sobre seu trabalho, que em sua grande maioria desconhece o real papel do enfermeiro.

“Os enfermeiros, além de possuírem uma grande capacidade de gestão, carregam os princípios da ciência em seus cuidados e fazem parte de grandes programas de atuação na saúde pública, fazendo a diferença no Brasil e no mundo”, afirmou.

Ela aponta, ainda, a baixa representatividade política e a reserva de mercado como um dos pontos mais críticos da luta por reconhecimento e valorização profissional – ressaltando ao final de sua fala a atuação fundamental da enfermagem na luta contra a Covid-19.

“Nós não estamos presentes nos espaços de decisão política. Esses espaços estão ocupados pelos grandes lobistas que representam os patrões, além da bancada médica, que possuem interesses na reserva de mercado, com a centralização no modelo hospitalar e na figura do médico. A enfermagem precisa ser vista como uma profissão que faz a diferença, e estamos muito orgulhosos dos nossos enfermeiros que estão na linha de frente nesse momento tão dramático”, finalizou.

Confira o vídeo da presidente: