A audiência, de iniciativa da deputada distrital Julia Lucy (NOVO-DF), teve como objetivo ampliar o debate sobre os problemas enfrentados pela população que busca acesso ao serviço de saúde público a partir da assistência primária.
O Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal participou na noite da última quarta (28), da Audiência Pública para debater sobre a Atenção Primária (APS) no sistema de saúde do DF. A audiência, de iniciativa da deputada distrital Julia Lucy (NOVO-DF), contou com a presença da presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio, e os diretores Adriano Limírio, Ferdinan Lago, Kelly Cristina, Suderlan Sabino, Marcos André, Ursula Nepomuceno e Inaldo Sarmento.
A solenidade reuniu representantes do Ministério da Saúde (MS), Secretaria de Saúde (SES-DF) e do Governo do Distrito Federal (GDF) – além de especialistas em saúde, professores, médicos, enfermeiros, estudantes e usuários da rede pública. O objetivo foi de ampliar o debate sobre os problemas enfrentados pela população que busca acesso ao serviço de saúde público a partir da assistência primária.
A presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio, ressaltou a importância de trazer esse tipo de debate a público. “A Atenção Primária vem sendo uma solução para o estrangulamento do sistema. Mas precisamos dar condições para que a APS funcione de fato, e principalmente, que as equipes consigam trabalhar no modelo de prevenção e promoção a saúde”.
O coordenador substituto de Atenção Primária da Secretaria de Saúde, Sergio Lima, apontou as dificuldades encontradas para a manutenção do programa Saúde da Família, especialmente quanto ao déficit de pessoal. “Temos tido dificuldade para preencher todos os requisitos das equipes, a exemplo da necessidade de cinco tipos de profissionais nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), além das dificuldades físicas, como o funcionamento de quatorze equipes realizando atendimento em uma única unidade”, afirmou.
Dayse apontou, ainda, a necessidade de viabilizar uma gestão inteligente no sentido de uma melhor gestão e o fortalecimento da estratégia de atenção primária. “É de extrema importância que o GDF e o Poder Legislativo realizem de fato um esforço conjunto, para que possamos caminhar rumo a uma estratégia de saúde da família que traga acessibilidade e resolutividade em um modelo de gestão pública direta. No entanto, é necessário tocar na raíz do problema, que é a alteração do paradigma de um modelo hospitalocentrico e centralizado em um único profissional. É necessário unir forças para fortaceler uma equipe multiprofissional, trazendo a figura do agente comunitário de saúde, e dando uma autonomia real aos enfermeiros”, completou.
