Na última quinta (20), o SindEnfermeiro esteve no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) para uma reunião sobre o déficit de profissionais, o aumento da demanda que chega à unidade e a falta de equipamentos. De acordo com profissionais do hospital, pronto-socorro da unidade chega a ter 190 pacientes sob os cuidados de apenas 2 enfermeiros.
Servidores do HRT afirmam que a Secretaria de Saúde não contabiliza o número real de recursos humanos, já que órgão não considera os profissionais restritos. “A secretaria argumenta que temos um RH suficiente. Mas esses servidores estão restritos por conta das condições de trabalho degradantes. Eles (a secretaria) só consideram os números. Mas não veem que há pessoas doentes trabalhando. Esses profissionais adoecem por conta das condições desumanas de trabalho”, afirmou uma servidora.
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Atualmente, 4 enfermeiros cobrem 8 setores de internação. Profissionais também estão sendo escalados em duas clínicas rotineiramente. “Se estou de plantão nas duas clínicas frequentemente, em algum momento posso ser responsabilizada por imperícia, negligência… Isso é humanamente impossível. Como fica a minha segurança? Não temos condições de trabalho para prestar a assistência devida aos pacientes”, disse uma profissional do hospital.
Enfermeiros contam que a falta de RH chega a acarretar em situações em que os profissionais de enfermagem precisam fazer serviços ligados à recepção do hospital. “A gente está apagando incêndio e adoecendo. Estão colocando nossa profissão e os pacientes em risco. O porteiro me liga para saber se pode deixar alguém subir sem documento. Não temos respaldo logístico aqui”, contam.
