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Restrição no pronto-socorro do Gama visa melhorar assistência

Publicada em 28 de abril de 2017

Hospital chegou a ter 210% de superlotação

O Hospital Regional do Gama (HRG) passa por uma restrição no atendimento do pronto-socorro para que a superlotação não afete a assistência prestada aos pacientes. A medida é uma iniciativa da direção, juntamente com a gerência de enfermagem do hospital, no intuito de conseguir atender devidamente o cidadão, mesmo diante da falta de recursos humanos imposta pela secretaria de saúde. Com isso, a orientação é que os paciente procurem as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do Recanto da Emas, de Samambaia, além de outros hospitais.

Os profissionais decidiram pelo contingenciamento depois que a superlotação no HRG chegou, na última semana, a 210% acima do que o hospital suporta. Para atender a essa demanda, o HRG deveria ter uma capacidade 3 vezes maior – em superlotações como a da semana passada, 2 enfermeiros chegam a prestar assistência para mais de 120 pacientes -.

Diante da situação, a direção e a gerência do hospital se viram na necessidade de restringir o atendimento no pronto-socorro para conseguirem prestar uma assistência digna ao cidadão. “Todo esse processo é no intuito de melhorar a assistência para o usuário. Não adianta o usuário ser atendido e não conseguirmos assisti-lo aqui dentro. A gente quer que ele seja assistido e saia daqui bem e vivo. Do jeito que estava, não tínhamos condições de fazer isso”, explica a gerência de enfermagem do hospital. “É um movimento para mudar. Não é fechar por fechar. Estamos reorganizando o serviço para dar uma assistência de qualidade e não de qualquer maneira para o usuário”, completa.

A Lei de Diretriz Orçamentária (LDO), aprovada para 2016, já previa a necessidade da convocação de 600 enfermeiros e 1.500 técnicos de enfermagem. Apenas 12 enfermeiros foram chamados, pela Secretaria de Saúde, para suprir o déficit. O que contribui para a precarizacão da assistência e para o risco do paciente. Diante dessa situação, servidores procuram reorganizar os fluxos de atendimento em hospitais como o do Gama, para conseguirem atender os usuários e prestarem a assistência devida.

O diretor do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal, Tarcísio Faria afirmou que o sindicato entregará um documento à Secretaria de Saúde, solicitando a convocação de novos servidores para cobrir a demanda excedente no hospital do Gama. Tarcísio também repudiou a criação do Instituto Hospital de Base como manobra para cobrir o déficit de pessoal nas regionais, diante da privatização do hospital.

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