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Na Câmara, SindEnfermeiro debate projeto do Instituto Hospital de Base

Publicada em 4 de abril de 2017

Proposta do Executivo será votada nessa quarta (5), na Casa

Nessa segunda (3), o SindEnfermeiro participou, na Câmara Legislativa, de reunião para debater o Projeto de Lei do Executivo que propõe a criação do Instituto Hospital de Base. A proposta será votada pela Comissão de Educação Saúde e Cultura (CESC) da Câmara, na próxima quarta (5). O projeto retira o Base da administração pública, permitindo assim, que o hospital seja instrumento de empresas que visam apenas o lucro, e não a saúde do cidadão e o desenvolvimento do servidor.

O hospital – que atende casos de média e alta complexidade – realiza procedimentos de alto custo. O que, com a proposta apresentada pelo Governo do Distrito Federal, atrairá interesses de grupos econômicos e empresas que priorizam o lucro, em detrimento da assistência e do desenvolvimento dos profissionais da saúde.

A presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio chamou a atenção para o potencial econômico do Base e o perigo de abrir o hospital para que empresas o utilizem como fonte de renda.”Vamos perder uma referência. Como são procedimentos muito caros realizados ali, o hospital vai ficar exposto ao mercado de interesses econômicos. O Base é uma mina de dinheiro” disse Dayse.

“É um embrião da terceirização. Há uma forte tendência de estimular corrupção e a formação de caixas. Fala-se que seria sem fins lucrativos, mas remuneraria os membros da administração”, lembrou a presidente do SindEnfermeiro, referindo-se ao fato dos membros dos conselho gestor do instituto estarem estabelecidos como remunerados.

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Reunião, na Câmara Legislativa, sobre proposta do Instituto Hospital de Base

O deputado Wasny de Roure (PT), presidente da Comissão de Educação Saúde e Cultura, reforçou a temeridade da proposta. “O projeto deixa muitas dúvidas e inseguranças. Nós ficamos muito preocupados com a colisão de vários procedimentos previstos na legislação”, disse.

O deputado complementou destacando que o Hospital de Base não pode ser comparado ao Sarah Kubitschek – relação feita pelo GDF com a perspectiva de indicar que o Instituto Hospital de Base seria um sucesso -. “A imagem que se vende do hospital Sarah é algo, do ponto de vista do desempenho, inquestionável. Mas é bom ouvir as severas críticas feitas ao hospital por não receber qualquer cidadão que o procura. Ou seja, o Sarah não alcança os princípios do SUS”, avaliou Wasny.

A deputada Celina Leão (PPS) chamou a atenção para a importância de ouvir os trabalhadores da Saúde a respeito do assunto. “O ponto de vista do servidor tem que ser levado em conta. Eles vivem o dia-a-dia. Eles lidam com a falta de tudo. São essas pessoas que realmente vão colocar a mão na massa”, afirmou a deputada.

A procuradora-geral do Ministério Público de Contas do DF, Cláudia Fernanda reforçou a necessidade do diálogo sobre a proposta do GDF. “Queria deixar bem claro que o Ministério Público de Contas não participou de nenhum debate sobre esse projeto. É necessário fazer um mapeamento em toda a rede de saúde para que ela possa ser colocada como ela deve ser colocada”, observou a procuradora-geral.

Por um SUS 100% público e de qualidade

O Sindicato dos Enfermeiros convoca todos os servidores e usuários da Saúde pública do Distrito Federal para estarem presentes na votação do projeto que sugere a criação do Instituto Hospital de Base, nessa quarta (5), a partir das 9h, na Comissão de Educação Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa.

O Distrito Federal precisa de todas as categorias e cidadãos mobilizados nessa luta contra a privatização da Saúde.

Leve sua força e faça valer as vozes do cidadão e do trabalhador, na Saúde do DF.

Juntos Somos Mais Fortes!