Em assembleia realizada em frente à Câmara Legislativa, na quarta-feira, dia 28, os enfermeiros decidiram, por ampla maioria, entrar em estado de greve até a próxima terça-feira, dia 3 de setembro, e realizar nova assembleia a partir das 14 horas, no mesmo local, com nova paralisação de 12 horas da categoria.
A decisão ocorreu após uma paralisação de 12 horas da categoria que contou com uma marcha do Edifício PO 700, sede da Secretaria de Saúde, até a Câmara Legislativa do DF, com a presença de mais de mil enfermeiros na luta pela isonomia salarial.
A votação que aprovou o fim da greve de 12 horas, por ampla maioria, a fim de deixar para o dia 3 uma nova decisão, tem a finalidade de pressionar o governo para uma abertura de negociação com a categoria.
Nos discursos realizados em frente à Câmara Legislativa, os enfermeiros destacaram os desafios que enfrentam, como o déficit de profissionais, a alta produtividade, e a crescente diferença salarial, que hoje chega a R$ 5 mil, um aumento significativo em relação aos R$ 800 registrados em 2013.
De acordo com dados do Info Saúde de 2023, painel da Secretaria de Saúde, os enfermeiros lideraram o número de consultas de pré-natal. Nos primeiros seis meses de 2024, também foram recordistas em atendimentos gerais, com um milhão e oitocentos mil atendimentos. Já na Atenção Primária à Saúde (APS) também ganharam primeiro lugar no ranking, foram mais de um milhão e duzentos mil atendimentos.
Além disso, os enfermeiros ampliaram o acesso ao Dispositivo Ultra Interino (DIU) em 38,7% no segundo semestre de 2023 e realizaram mais de 6 mil partos normais no DF no ano passado.
O clima na assembleia foi de união e determinação. Os participantes reafirmaram a necessidade de manter a mobilização em torno da isonomia salarial. A categoria foi convocada a comparecer em peso à assembleia do dia 3 de setembro, quando uma nova paralisação de 12 horas será realizada para decidir os rumos do movimento.
