O SindEnfermeiro-DF, representado pela vice-presidente Ursula Nepomoceno, foi ao Hospital Materno Infantil de Brasília na manhã de hoje (26) para fiscalizar as condições gerais de atendimento na unidade após denúncias de superlotação. A visita foi feita em conjunto com a deputada distrital Dayse Amarílio (PSB) – vice-presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC).
Durante a fiscalização, foram constatados diversos problemas que estão impactando diretamente no atendimento – desde a falta de profissionais (neonatologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas) à falta de manutenção em equipamentos como umidificadores, oxímetros, aparelhos de fototerapia, monitores multiparâmetros, além da falta de ventiladores – ocasionada por conta de problemas nos contratos de reparo.
PS pediátrico sem espaço para mais pacientes
No Pronto Socorro pediátrico a situação encontrada é caótica. No momento da visita, haviam 10 crianças classificadas como laranja, 8 amarelas, 2 como verdes, 56 como azul e 7 sem classificação aguardando atendimento. No entanto, dentro do PS a lotação era máxima, com 25 crianças internadas, sendo 4 entubadas e 2 em CPAP.
E apesar do estado geral das instalações físicas ser considerado bom, também foi possível observar que vários aparelhos de ar condicionado estavam fora de funcionamento nas unidades vistoriadas – o que ocasiona um desconforto térmico especialmente em dias de muito calor.
Solução passa pela nomeação de servidores e mais investimentos para saúde
De acordo com a vice-presidente do SindEnfermeiro, “uma ala da UTI Neonatal está fechada por falta de equipamentos e falta de manutenção, além da falta de diversos profissionais. Aqui, nós vimos que uma única enfermeira está tendo que prestar assistência de enfermagem para 11 recém nascidos, enquanto em média, esse número deveria ser no máximo de cinco. Enquanto isso, no centro obstétrico haviam 2 recém nascidos aguardando por leitos de UTI – e pior: esse número durante o final de semana chegou a nove”.
Ainda segundo Ursula, “a falta de recursos humanos também contribui para que não haja mais leitos disponíveis, e com isso a tendência é que o colapso no HMIB continue. É necessária a nomeação de mais profissionais, investimento em recursos materiais e equipamentos, a ampliação de leitos de UTI neonatal, pediátrica, assim como leitos de retaguarda nas internações das pediatrias do DF”, concluiu.