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SindEnfermeiro participa de audiência na CLDF sobre epidemia de dengue

Publicada em 5 de fevereiro de 2024

Fotos: Pedro Vinícius/ASCOM SindEnfermeiro

Na tarde de hoje (05), o SindEnfermeiro-DF esteve na Câmara Legislativa para participar de reunião pública sobre a epidemia de dengue que vem afetando o Distrito Federal – representado pelo presidente da entidade, Jorge Henrique.

O encontro foi promovido pelo distrital Gabriel Magno (PT), e contou com a participação de representantes do governo, sindicatos, além de representantes dos aprovados em concursos anteriores da Secretaria de Saúde – em protesto pela nomeação de mais servidores para a pasta.

Falta de investimentos na APS fortalece caos

Em fala durante a reunião, Jorge ressaltou os repasses bilionários feitos pelo GDF para sustentar as atividades do IGESDF, e que sem um modelo de terceirização da saúde, poderiam estar sendo aplicados na APS.

“Infelizmente, o governo tem priorizado um modelo de assistência especializada através da gestão terceirizada (do IGESDF), institucionalizando repasses de até 1 bi por meio de lei orçamentária, enquanto a Atenção Primária não vai ver um real de investimento nesse ano”, pontuou.

Ainda de acordo com o presidente do SindEnfermeiro-DF, “com essas medidas, o governo sinaliza de quem é a prioridade nesse momento de calamidade, e deixa claro que o objetivo é manter e ampliar a terceirização da saúde enquanto há regiões inteiras no DF com um vazio assistencial que supera os 40%”, completou.

Nomeação de aprovados

Jorge também avalia a necessidade de nomeação dos aprovados nos concursos da SES, em contrapartida ao modelo de caráter emergencial que prevê a contratação de trabalhadores temporários – uma medida que, segundo ele, não resolve o problema da saúde e ainda gera um ônus financeiro.

“Hoje, falando só dos enfermeiros, o déficit na rede ultrapassa 1,4 mil. Estamos há anos cobrando o GDF, não só nessa como nas gestões anteriores, pela nomeação dos trabalhadores que hoje poderiam estar sendo fundamentais no combate à epidemia. Mas o que nós vimos foi mais um decreto de emergência que permite contratações temporárias – o que não resolve os problemas na assistência a longo prazo, e ainda gera um gasto que poderia estar sendo empregado em ações de saúde para a população”, completou.