O Sindicato dos Enfermeiros (SindEnfermeiro-DF) esteve hoje (10) no Instituto de Cardiologia e Transplantes (ICTDF) para debater junto aos trabalhadores e gestores da unidade sobre os termos da intervenção administrativa na unidade – anunciada pelo GDF em dezembro do ano passado.
O encontro foi mediado pelo presidente Jorge Henrique, pelas diretoras Ursula Nepomoceno e Nayara Jéssica, além do diretor Jozinélio Teixeira – e foi uma oportunidade para que os trabalhadores levantassem suas dúvidas a respeito da manutenção de seus empregos, bem como o serviço prestado e o acompanhamento dos pacientes que estão atualmente na unidade.
Manutenção da força de trabalho
Na ocasião, o presidente do SindEnfermeiro ressaltou que a entidade irá acompanhar de perto os desdobramentos no processo de mudança da gestão, especialmente no que diz respeito à manutenção dos postos de trabalho e da remuneração atual dos servidores.
Para Jorge, “O ICTDF presta um serviço essencial para a população, e que não pode ser descontinuado ou interrompido em nenhuma hipótese, afinal estamos falando em vidas. A manutenção dos trabalhadores em suas atribuições é fundamental para a continuidade da assistência”.
Transparência
Outro ponto abordado e considerado fundamental por trabalhadores e sindicato diz respeito à transparência do processo de intervenção – e posterior decisão sobre uma nova gestão ou manutenção dos atuais administradores do ICTDF.
Para a diretora do SindEnfermeiro Ursula Nepomoceno, “além de não impactar trabalhadores e o atendimento à população, o processo de intervenção e definições futuras sobre a gestão precisam vir acompanhados de mais transparência nas contas. É preciso saber de onde vem e para onde vai o dinheiro destinado ao ICT, e se de fato esses recursos estão sendo aplicados na unidade”, completou.
Intervenção
Em dezembro, o GDF decretou a intervenção administrativa no ICTDF devido a crise financeira da então gestora – a Fundação Universitária de Cardiologia (FUC).
O ICTDF é a unidade de referência da rede pública em todos os procedimentos de alta complexidade de cardiologia e transplantes, sendo responsável por 85% das intervenções do tipo realizadas no DF. No caso dos pacientes cardiopatas pediátricos, o instituto é responsável por 100% dos atendimentos.