O Ministério da Educação (MEC) abriu ontem, 19, a consulta pública sobre a oferta dos cursos de graduação em Direito, Odontologia, Psicologia e Enfermagem, na modalidade de educação a distância (EaD). A população poderá opinar, até o dia 20 de novembro, sobre a proposta de alterações na Portaria Normativa 11/2017, a que trata sobre a educação EAD.
A consulta pública tem como objetivo aprofundar o diálogo com a sociedade e ampliar a participação social na revisão da regulação da educação superior em formato EaD.
A consulta pública partiu do Grupo de Trabalho (GT) Ead, com o objetivo de subsidiar a elaboração da política educacional para a oferta de cursos de graduação em Direito, Enfermagem, Odontologia e Psicologia na modalidade EaD. Os encontros debateram a qualidade de ensino da educação não presencial e a valorização do campo de prática.
Participe da consulta pública: https://www.gov.br/participamaisbrasil/educacao-a-distancia
O Sindicato dos Enfermeiros do DF (SindEnfermeiro-DF) aproveita a oportunidade para reforçar que é contra a educação não presencial de graduação de Enfermagem, visto que o curso é baseado na ciência, com necessidade também de aulas práticas e contato com pacientes e equipamentos de alta complexibilidade.
O SindEnfermeiro-DF preocupa-se com a expansão da educação a distância e a qualidade de ensino ofertada nessas instituições de educação on-line. Visto que os futuros profissionais irão prestar atendimento direto à população, seja em clinicas, hospitais, UBS ou Upas. Portanto, a entidade recomenda o ensino presencial na formação dos futuros enfermeiros e enfermeiras.
Cenário do EaD
Segundo o Censo da Educação Superior 2021, entre 2011 e 2021, o número de ingressantes em cursos superiores de graduação, na modalidade de educação a distância (EaD), aumentou 474%. No mesmo período, a quantidade de ingressantes em cursos presenciais diminuiu 23,4%.
Já quando o assunto é a relação entre matrícula e modalidade de ensino, a expansão da EaD ficou, mais uma vez, evidenciada. Em 2021, foram mais de 3,7 milhões de matriculados em cursos a distância. O número representa 41,4% do total.
