A promessa de uma saúde plural, moderna, com estrutura e de ponta não passou de uma tática eleitoreira. Pouco tempo depois da implementação do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IGES) a população logo percebeu que a terceirização não foi um mar de rosas, como foi divulgado pela publicidade de governantes à população.
As unidades de saúde e hospitais geridos sob a gestão do Instituto são alvo de polêmicas antigas e recentes. As UPAs de Samambaia, Ceilândia e Setor O. atualmente, são suspeitas de negligência médica por conta de três mortes suspeitas.
O Hospital de Base segue nos holofotes das mídias brasilienses pelo sucateamento nas dependências da unidade. Vale ressaltar que havia uma promessa de reforma nas dependências das unidades geridas pelo IGESDF.
Sem respostas para os problemas da gestão da saúde terceirizada, a presidente do IGES Mariela Souza de Jesus foi demitida do cargo, durante uma reunião. Ela ocupava a presidência do IGESDF desde maio do ano passado e foi o sexto presidente do em três anos.
O atual diretor de Atenção à Saúde, Juracy Cavalcante, foi indicado e aprovado pelo Conselho de Administração do IGESDF para assumir a presidência do instituto. Agora, a nomeação segue para aprovação na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
Este cenário de descaso com a saúde pública e a população brasileira tem que acabar. O troca-troca de presidente também. É notório que IGESDF não tem mais capacidade de gerir os hospitais públicos e as UPAs do DF. O atendimento nas UPAS, no Hospital Regional de Santa Maria, no Hospital de Samambaia e na Hospital de Base só pioraram na gestão do Instituto.
Este modelo de gestão baseado em troca de interesse, em toma lá dá cá e de cabide de emprego, não é suportável. É necessário priorizar a vida dos brasilenses e a saúde pública de qualidade, de acordo com o que estabelece a Constituição Federal.
As unidades de saúde sob gestão do IGESDF precisam voltar a ser administradas pela gestão direta da Secretaria de Saúde (SES-DF), com a nomeação de servidores de carreira capazes de assumirem os cargos técnicos. É preciso também mais investimentos para as unidades de saúde e realização de concurso público para recomposição dos recursos humanos de hospitais e UPAs.