Na tarde de ontem (16), a presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio, e o secretário-geral da entidade, Jorge Henrique, se reuniram com o secretário de Saúde do DF, Gal. Manoel Pafiadache, para tratar de questões como a criação de um grupo de trabalho com o objetivo avaliar e propor estratégias de combate e prevenção à violência contra profissionais de saúde nas unidades da rede pública – além da manutenção dos enfermeiros generalistas que atuam na Atenção Primária em suas lotações atuais.
O encontro é parte de uma série de movimentações do SindEnfermeiro para a formação de um grupo com entidades de representação da enfermagem, movimentos de estudantes – e agora, conta com as sinalizações positivas da Secretaria de Saúde e da Secretaria da Mulher – na pessoa da secretária Éricka Filipelli, visando combater os recorrentes casos de agressões sofridas por enfermeiras da rede pública nos últimos meses.
Reuniões para formação de GT foram positivas
Para a presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio, a proposta do grupo de trabalho vem se tornando ainda mais concreta a cada reunião realizada e caminha para a criação de um grande grupo intersetorial. Ela também ressaltou a importância de contar com a participação ativa da Secretaria de Saúde e lembrou que o secretário se dispôs a “cuidar de quem está cuidando da população”, nas palavras do próprio.
“O grupo está se solidificando, e as propostas que vem sendo apresentadas até aqui nos dão a esperança de que vamos conseguir formar uma frente capaz de agir de forma propositiva e efetiva na prevenção e combate à violência contra as trabalhadoras da enfermagem. A sinalização positiva do secretário de saúde e a sensibilidade com que ele recebeu a demanda são muito importantes para fortalecer nossa luta”, apontou.
Manutenção de enfermeiros generalistas na APS
A reunião na SES também tratou sobre a possibilidade de criação de um dispositivo legal que garanta a manutenção dos enfermeiros generalistas que atuam na Atenção Primária.
Durante a conversa sobre o tema, Dayse lembrou a necessidade de ampliação das equipes de saúde da família não só com a manutenção dos atuais generalistas, mas também com a nomeação de mais enfermeiros – destacando que com isso será possível ampliar a cobertura do atendimento, sobretudo nas regiões rurais e áreas de menor densidade populacional e de serviços de saúde.
“Precisamos formar novas equipes para ocupar os vazios assistenciais que ainda existem na Atenção Primária, e a manutenção desses enfermeiros – além da nomeação de novos profissionais – é fundamental nesse processo de fortalecimento da assistência. Isso também significa ampliar a cobertura de salas de vacinação e acolhimento e garantir o cumprimento das horas mínimas necessárias à responsabilidade técnica dos enfermeiros nas UBSs”, apontou.
Ainda segundo Dayse, uma circular sobre a questão dos generalistas já foi preparada pela secretaria e deve ser publicada nos próximos dias, assim como a errata em relação à reedição da Portaria nº 77, que não faz menção direta aos enfermeiros generalistas.
“O sindicato nunca deixou de lutar para resolver essa questão que deixou muitos enfermeiros da APS aflitos, e inclusive vamos tentar incluir essa garantia no projeto de reestruturação da carreira de enfermeiro, que certamente será uma das grandes batalhas da enfermagem do DF em 2022”, finalizou.
