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Ação Conjunta Covid-19 vai ao Hospital de Base (IGESDF) vistoriar denúncias de falta de medicamentos – insumos

Publicada em 22 de outubro de 2021

Na manhã da última sexta-feira (22), a Ação Conjunta Covid-19 visitou Hospital de Base – unidade hospitalar gerida pelo IGESDF – para apurar denúncias sobre a possível falta de medicamentos essenciais para o atendimento de pacientes internados na unidade de saúde.

A visita contou com a participação da presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio, e da diretora Ursula Nepomoceno, além do deputado distrital Fabio Félix (PSOL), da presidente do Conselho de Saúde do DF, Jeovânia Rodrigues, da representante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Perla Ribeiro e de representantes do Sindicato dos Odontologistas, SINDATE, SindMédico.

O grupo visitou a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), o Centro de Materiais e Esterilização (CME) e farmácia do hospital. Na farmácia, A Ação Conjunta encontrou diversos problemas, entre eles: déficit de farmacêuticos e de técnicos de farmácia, falta de medicamentos utilizados na sedação de pacientes, baixo estoque de medicamentos utilizados na rotina diária do hospital, além da necessidade de equipamentos para agilizar no rastreamento e auxiliar na dosagem dos remédios – o que tem sido feito de forma manual.

Falta de equipamentos no CME

A situação encontrada no CME foi a falta de enfermeiros e técnicos em enfermagem para a cobertura da escala. Outro ponto observado foi o alto número de afastamento de trabalhadores devido problemas relacionados à saúde mental e coluna. Para Ursula Nepomoceno, diretora do sindicato, “os problemas mais graves encontrados no setor foram apenas três das cinco autoclaves estarem funcionando e o elevador que leva as bandejas do setor para o centro cirúrgico estar quebrado”.

“É importante ressaltar que o setor estava funcionando com mantas – materiais necessários para embalar as bandejas cirúrgicas – e o serviço não parou por conta das doações que o CME tem recebido”, pontua Ursula.

Situação preocupante

Para a presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio, a situação do Hospital de Base é preocupante. “Os recursos humanos de enfermagem estão em um número muito ruim, tanto para enfermeiros quanto para técnicos em enfermagem. Faltam desde insumos básicos até antibióticos e sedativos. Não haviam esses materiais para hoje. Havia previsão de chegada, mas não havia material hoje”, pontua Dayse.

“Os medicamentes são extremamente necessários para pacientes graves. O perfil da UTI do Hospital de Base é exclusivo da instituição. Não tem como transferir os pacientes de lá, por exemplo. É preciso que esses insumos em falta cheguem o mais breve possível, pois a instituição é a única especializada em politrauma no Distrito Federal”, finaliza Dayse.