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SindEnfermeiro participa de ato público contra privatização da CEB

Publicada em 2 de dezembro de 2020

A união de várias frentes contra a entrega de um dos maiores patrimônios da população do Distrito Federal à iniciativa privada. Assim pode ser definido o ato realizado na manhã de hoje (02) em frente ao Palácio do Buriti por trabalhadores, movimentos populares e entidades de classe das mais diversas categorias – incluindo o Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF), com o objetivo de protestar contra a privatização da Companhia Energética de Brasília (CEB).

No ato, que contou com a presença da presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio, o secretário-geral Jorge Henrique e a diretora Ursula Batista, os trabalhadores protestaram não apenas pela privatização da estatal – considerada uma das mais bem avaliadas do país, mas também contra a onda de ataques ao funcionalismo público, o aumento da alíquota de contribuição previdenciária dos servidores do GDF (passou de 11 para 14%), e a demora na nomeação dos convocados nos últimos concursos públicos.

Para Dayse, a participação de servidores e entidades das mais diversas categorias representa a união em torno de um bem maior – a valorização do serviço público. No entanto, para ela, a luta também deve englobar a população, visto que estes são os mais atingidos com o desmonte dos mecanismos públicos de promoção à cidadania – como o que vem sendo feito com o Sistema Único de Saúde (SUS).

“A pauta das privatizações afeta a vida de todos os trabalhadores, mas principalmente, da população. E nós podemos constatar que, por onde a onda privatista passou, deixou um rastro de destruição em empresas e órgãos que são patrimônios do povo – além dos recorrentes desvios de orçamento para beneficiar grupos privados, e que prejudicam sobretudo os mais pobres”.

Durante o ato, Dayse fez um paralelo entre a situação vivenciada agora pelos trabalhadores da CEB e o ocorrido em janeiro de 2019, quando a gestão dos Hospitais de Base (HBDF) e de Santa Maria (HRSM), além das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) foram entregues à iniciativa privada – e ressaltou os inúmeros problemas enfrentados nas unidades desde então.

“Assim como está sendo feito agora com os trabalhadores da CEB, o governador – que afirmou que iria reestatizar o Base como um dos primeiros atos de governo – chamou a Câmara Legislativa em recesso para votar a ampliação do que viria a ser o IGESDF. Infelizmente, desde então a situação nas unidades é caótica e não existe qualquer perspectiva de melhora”, afirmou.

O SindEnfermeiro-DF reitera a sua posição contrária à privatização da Companhia Energética de Brasília (CEB), e se solidariza com a causa de seus trabalhadores. As nossas lutas se dão em campos diferentes, mas se encontram unidas por um ideal: valorizar e defender o serviço público. Não podemos deixar o privatismo entregar os nossos patrimônios para meia dúzia de empresários.