Na manhã da última segunda-feira (05), a Ação Conjunta Covid-19 visitou a Farmácia Central da Secretaria de Saúde (SES-DF) para apurar denúncias sobre a possível falta de medicamentos essenciais para o tratamento de pacientes que necessitam do suporte avançado nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da rede pública do Distrito Federal.
Participaram da visita a presidente do sindicato, Dayse Amarílio, o diretor-executivo Marcio da Mata, além do deputado distrital Fabio Félix (PSOL) e da representante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Perla Ribeiro.
Em visita aos estoques da farmácia – guiada pela diretora de logística, Manoela Leite, ficou constatado que os estoques de medicações para pacientes tanto com coronavírus, como aqueles que necessitam de terapia intensiva – como sedativos, relaxantes musculares necessários para pacientes em ventilação mecânica, além de medicamentos vasopressores – estão com os estoques zerados ou em situação crítica.
Segundo Dayse, a situação é muito preocupante, pois além dos problemas nos estoques, não há sequer um prognóstico positivo sobre o reabastecimento desses medicamentos, seja por licitação, empenho ou por meio de doações – afirmando que será realizado um pedido formal ao GDF para obter os dados sobre os processos de compra dos insumos.
“A Ação Conjunta (Covid-19) vai fazer um pedido formal via SEI (Sistema Eletrônico de Informações) para ter acesso a todos os dados sobre o processo de compra dos medicamentos que estão em falta, além do número de UTIs fechadas”.
A presidente do SindEnfermeiro relembra, ainda, que, em visitas à diversas unidades de saúde, foi constatado o fechamento de leitos de UTI justamente por conta da falta de medicamentos.
“A situação é muito preocupante. Nas visitas, já constatamos que há leitos de UTI fechados, e acreditamos que sem essa previsão para o reabastecimento, mais leitos serão fechados nos próximos dias, tanto para os pacientes com covid como para aqueles que precisam do suporte de vida intensiva, pois não há qualquer sinalização positiva de um prazo”, afirmou.
As visitas da Ação Conjunta Covid-19 são parte de uma série de ações entre diversas entidades – incluindo o SindEnfermeiro – para averiguar e fiscalizar as condições de trabalho dos profissionais de saúde, além de propor novas soluções para a melhoria do acesso à assistência de saúde pública para toda a população. A Ação Conjunta vai continuar acompanhando de perto a situação dos estoques na Farmácia Central.
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