Na manhã de hoje (31), o Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF) esteve reunido com a cúpula diretora do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF) para tratar sobre o adiamento da primeira parcela do 13º salário dos trabalhadores que atuam nas unidades do instituto.
Na reunião, estiveram presentes a presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio, o secretário de saúde, Francisco Araújo, e o diretor-presidente do instituto, Sergio Luiz da Costa. O objetivo da reunião, realizada em caráter de urgência, foi buscar uma solução concreta para o adiamento da parcela, que deveria ter sido paga nesta sexta-feira, como descrito no acordo coletivo de trabalho (ACT) dos profissionais.
De acordo com o instituto, a mudança na data se deu por conta de dificuldades junto a alguns fornecedores –que aceitam apenas pagamentos à vista pelo fornecimento de produtos e serviços além do o aumento absurdo de itens essenciais como medicações utilizadas em procedimentos, o que, segundo o IGES, poderia levar ao risco de desabastecimento de insumos essenciais nas unidades.
Durante a reunião, Dayse pediu que a posição fosse revista e ressaltou também, que o pagamento é uma forma de reconhecer o importante serviço prestado pelos enfermeiros e outros profissionais durante a pandemia do coronavírus. Além disso, a presidente relembrou que essa decisão só pode ser tomada em assembleia conjunta com os trabalhadores, uma vez que fere uma das clausulas da convenção coletiva dos enfermeiros do IGESDF.
Por fim, ficou decidido que o instituto fará uma proposta oficial com sinalização da viabilização do pagamento ainda no mês de agosto, que será decidida pela categoria na próxima assembleia do SindEnfermeiro – que será realizada virtualmente na próxima quinta-feira (06 de agosto), às 18 horas, através da plataforma de videochamada Zoom.
É importante salientar que o SindEnfermeiro sempre estará aberto ao diálogo, e mantém a sua posição de vigilância em prol dos direitos da categoria. É compreensível que as dificuldades causadas pelo coronavírus afetam receitas e exigem criatividade, mas o Acordo Coletivo de Trabalho é o principal instrumento de proteção dos trabalhadores, e sendo assim deve ser sempre respeitado – pois situações como esta podem abrir uma margem perigosa para a violação dos direitos trabalhistas da categoria.