A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante recebeu, na manhã da última quarta (17), a visita da Ação Conjunta Covid-19 – iniciativa que reúne SindEnfermeiro-DF, COREN, ABEn-DF, OAB-DF, Conselho de Saúde do DF e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa. O grupo esteve na instituição para acompanhar a rotina dos trabalhadores, equipamentos de proteção individual, o fluxo de atendimento e a retaguarda dos serviços, assim como a segurança dos profissionais e a coleta dos exames feitos pelos pacientes com suspeita de Covid-19.
Durante a visita, ficou constatado que a unidade possui boas condições gerais de funcionamento. No entanto, a superlotação foi um dos pontos que chamou negativamente a atenção – visto que 38 dos 42 leitos disponíveis na UPA estão ocupados. Além disso, também há problemas no direcionamento dos pacientes que procuram os serviços de clínica médica, já que não existe um protocolo definido para o encaminhamento.
Outro ponto que foi apontado na visita e gerou grande preocupação diz respeito ao espaço para a coleta dos exames de Covid-19, que se encontra muito próximo à área destinada para o descarte do lixo hospitalar.
A presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio – que participou da visita – pediu para que a população evite procurar a unidade do Núcleo Bandeirante, tendo em vista que há dificuldades para prestar assistência a esses pacientes. Segundo Dayse, os membros da Ação Conjunta irão propor ao GDF que estabeleça um protocolo de direcionamento desses pacientes para a Policlínica do Núcleo Bandeirante, estruturando a unidade para receber esse fluxo.
“Nós encontramos pacientes com Covid – inclusive entubados – dividindo as tendas com pessoas que procuraram a UPA com sintomas de dengue ou precisam de algum serviço da clínica médica. Por isso, é importante que nesse momento a população evite procurar a UPA buscando atendimento de clínica médica”, afirmou.
Após essa visita, será elaborado um relatório com toda a situação encontrada na unidade, as denúncias serão encaminhadas para o Ministério Público do Trabalho, e as instituições cobrarão do IGESDF a resolução dos problemas o mais rápido possível.