Nesta quinta-feira (28), representantes do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF) e do Conselho Regional de Enfermagem (COREN-DF) estiveram no Hospital Regional de Planaltina (HRP) para observar as condições de trabalho dos profissionais, bem como a disponibilidade dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e a execução dos fluxos de atendimento.
Durante a visita, feita pelo diretor do sindicato, Tarcísio Faria, e pelo secretário do COREN-DF, Tiago Pessoa, foram constatadas diversas irregularidades na unidade, como a não execução dos fluxos de atendimento aos servidores e pacientes, além de problemas com os EPIs fornecidos às equipes – que não fornecem a segurança necessária. Ficou constatado também, que os enfermeiros do HRPa estão exercendo funções diferentes das quais são designados para atuar.
De acordo com Tarcísio, “é inadmissível que a equipe de enfermagem exerça as funções que são de outras categorias profissionais, como por exemplo no caso da nutrição e copeiros”. Segundo ele, a situação será encaminhada para o Ministério Público do Trabalho.”
Em reunião com a gerência de enfermagem e a diretoria do hospital, os representantes das duas entidades solicitaram providências quanto às irregularidades encontradas. Além disso, também foi apontada grande preocupação com a falta de um fluxo de atendimento aos servidores que apresentam sintomas respiratórios ou outros sintomas semelhantes aos causados pelo novo coronavírus.
Materiais de péssima qualidade
O diretor do SindEnfermeiro, Tarcísio Faria, afirma que há problemas nos materiais de proteção disponibilizados aos trabalhadores pela Secretaria de Saúde (SES-DF), como máscaras e outros materiais descartáveis. Segundo Tarcísio, “os materiais disponibilizados são de péssima qualidade e as máscaras, tanto cirúrgicas, como as do tipo N95, não oferecem a proteção adequada”.
Ao final da visita, os representantes do SindEnfermeiro e do COREN-DF notificaram a diretoria e a gerência de enfermagem do HRP para que sejam realizadas mudanças nas práticas que estão em desacordo com a legislação vigente. Além disso, as entidades, juntamente com os outros membros da Ação Conjunta Covid-19, voltarão à unidade nos próximos dias para averiguar se as irregularidades foram corrigidas – quando será feito um relatório detalhando as condições de trabalho no hospital para o Ministério Público do Trabalho (MPT-DF).