Foto: JP RODRIGUES/METRÓPOLES
Na última segunda-feira (30), a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF), Dayse Amarílio e o diretor Márcio da Mata se reuniram com o presidente do IGESDF, Sérgio Luiz da Costa e com os diretores de Recursos Humanos e Assistencia das Unidades de Ponto Atendimento. A intenção do encontro foi discutir demandas antigas dos enfermeiros, mas que tiveram que ser paralisadas diante à pandemia do novo coronavírus.
Entre os pontos abordados na reunião estão remoções feitas pela UTI Vida, o fluxo de atendimento aos servidores que apresentarem sintomas da Covid-19, a reutilização das máscaras N-95, exigência de jalecos e a proposta de cargos e salários para convenção coletiva de 2020.
Remoções pela UTI Vida
De acordo com a gerente assistência, foi realizada uma mudança. Agora, não existe nenhuma intermediação telefônica nas chamadas para as remoções da UTI Vida, uma vez que atualmente são controladas pelo núcleo de mobilidade. Agora as UPAs servem de base para pelo menos uma ambulância diariamente.
Fluxo de atendimento dos servidores e reutilização de N-95
Foi solicitado que o IGESDF encaminhe por escrito o fluxo de atendimento dos servidores sintomáticos da Covid-19. Também foi apontado pelo SindEnfermeiro que 15 dias como período de reutilização das máscaras N-95 é um período muito longo e que essa ação seja revisada, usando como base o Manual da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do último dia 21 de março. O sindicato enfatizou também que outros aspectos também devem ser observados, como umidificação ou sujidade, e caso aconteçam, as máscaras devem ser substituídas por outras.
Exigência de jalecos
A presidente do SindEnfermeiro apresentou denúncias que alguns gerentes deram advertências verbais e escrita, além de faltas aos enfermeiros que estavam sem jaleco e exigiam que os profissionais arcassem com seus jalecos, no entanto, Dayse relembrou aos gestores que de acordo com o item 23 da convenção coletiva, o IGESDF é responsável por providenciar a peça aos trabalhadores.
Os representantes do IGESDF apontaram que existe uma solicitação de compra dos jalecos para todos os profissionais e que encaminhariam uma circular a todos os gestores para que ocorra uma medição até que a situação seja resolvida e que não haja uma cobrança tão incisiva aos profissionais.
Intervalo de almoço da UPA de Sobradinho
Outro ponto levantado por Dayse foi que o gestor local da UPA de Sobradinho solicitava a permanência dos trabalhadores que estavam em horário de almoço na própria unidade de saúde. Segundo o diretor de RH, essa não é uma orientação do IGESDF e que a situação seria conversada pontualmente com o gestor da UPA.
Dificuldade no manuseio do sistema
A reunião também tratou da dificuldade de manuseio e eficácia do sistema de informação usado pelo IGESDF. Os representantes informaram que aconteceu um treinamento em todas as Unidades de Pronto Atendimento, no entanto, a adesão foi muito baixa, mesmo com diversos horários.
Comprovação de passagem
Dayse Amarílio apresentou aos gestores do IGES uma denúncia de que estava sendo exigido dos trabalhadores que moram no Entorno do Distrito Federal, a apresentação de bilhetes de passagem. Os gestores informaram que a exigência é de comprovante de residência e não do bilhete de passagem. Segundo eles, está acontecendo um recadastramento na central de benefício, por isso a necessidade do comprovante de residência e preenchimento de um formulário com o valor da passagem que será conferido na tabela fornecida pela ANTT.
Proposta de cargos e salários para convenção coletiva de 2020
Ficou acordado entre SindEnfermeiro e IGESDF que acontecerá uma reunião específica para tratar da convenção coletiva e da proposta de cargos e salários dos enfermeiros que trabalham no instituto. A intenção é que o encontro aconteça assim que a pandemia do novo coronavírus cessar.
