SindEnfermeiro foi até o Hospital Regional do Gama apurar denuncias de assédio contra enfermeiros por parte dos gestores da instituição.
Depois de receber diversas denúncias, o Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF) esteve novamente, na tarde da última segunda (30) no Hospital Regional do Gama (HRG), para apurar queixas contra gestores da instituição, que vão desde condições de trabalho e déficit de pessoal, até o mais grave, assédio moral generalizado contra todos os servidores, incluindo enfermeiros supervisores a assistenciais.
Segundo relatos dos enfermeiros, alguns gestores não se intimidam em usar frases como: “Todo enfermeiro é vagabundo!”, “Os enfermeiros ganharam uma inimiga”, “Por mim tirava todos”. Além de coagir e oprimir os profissionais sempre enfatizando sua influência com o governo e parlamentares.
De acordo com os profissionais, superiores estão querendo acabar com classificação de risco e implementar um serviço de triagem feito por técnicos em enfermagem. Além disso, os gestores disseminam ser absurda que “a supervisão de enfermagem deva ser feita privativamente pelo enfermeiro”, configurando segundo eles, “reserva de mercado”. Tal atitude demonstra completo desconhecimento sobre a lei do exercício profissional da categoria.
Outros serviços também estão ameaçados, a exemplo da tisiologia, que é referência para toda a regional, incluindo para o sistema prisional, que ainda apresenta casos de tuberculose.
Falta de conhecimento e atitude ditatorial
Para a presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio, esse tipo atitude vinda de gestores é muito grave. “A falta de conhecimento técnico sobre protocolos tão importantes e leis de exercício profissional, aliados a uma atuação opressora e ditatorial, reflete de forma direta na saúde mental dos trabalhadores e coloca em risco a assistência prestada aos usuários”, completa.
Nomeações indevidas e dança das cadeiras
Também ocorreram dentro da regional, nomeações indevidas de profissionais de outras categorias para cargos privativos de enfermeiros.
Segundo servidores, não existe nenhum tipo de “respeito hierárquico”, uma vez que uma diretoria domina toda a gestão e os serviços. Em menos de oito meses, três gerentes de enfermagem já passaram pelo cargo.
O SindEnfermeiro reitera a importância do HRG para o Distrito Federal e Entorno, sendo um hospital com alta produção, mesmo em condições caóticas – principalmente no que diz respeito à infraestrutura e déficit de servidores.
A qualidade da assistência e a alta produtividade se dão por conta do compromisso dos servidores da instituição. Continuaremos averiguando os fatos denunciados e firmamos o compromisso de levar em todas as instâncias legais para que sejam apurados e sanados.
O sindicato é formado por enfermeiros, e assim como os profissionais do HRG sabemos o que é sofrer com assédio e abuso de autoridade. Estamos juntos na luta contra o assédio e não descansaremos até que todos os enfermeiros possam voltar a desempenhar suas funções. Nós enfermeiros somos verdadeiros heróis que tem sustentado, em meio a tantas dificuldades, a saúde no Distrito Federal.
Enfermeiros, contem com o SindEnfermeiro como um aliado na luta contra o assédio e qualquer outra opressão a nós trabalhadores!