O Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF) vem a público esclarecer os fatos a respeito da queda de uma criança, no Hospital Regional do Gama, na última terça (21).
O sindicato – como instituição que zela e, em determinadas circunstâncias, responde pelo trabalho exercido pelo enfermeiro, no Distrito Federal – esclarece que não exime-se da responsabilidade sobre qualquer prática, de enfermagem, que coloque em risco o paciente.
No entanto, o ocorrido da última terça envolve uma série de fatores – que elucidaremos à frente -, além de uma enfermeira absolutamente profissional e que, em nenhuma ocasião – ao longo do serviço prestado à saúde -, esteve envolvida em qualquer caso de negligência.
A mãe do recém-nascido teve que ir ao banheiro, no instante em que outra paciente precisou de ajuda. A enfermeira, por reflexo, puxou o lençol da cama para cobrir uma cadeira para a paciente sentar. O bebê, infelizmente, estava no enrolado no lençol e caiu.
O sindicato lamenta profundamente que a criança tenha se lesionado e se coloca inteiramente à disposição para qualquer esclarecimento e colaboração. No entanto, é absolutamente importante ponderar os fatos que cercam a queda da criança como:
1 – O Hospital Regional do Gama (HRG) sofre com a superlotação e com a alta demanda de partos, provocada pelo atendimento excedente de pacientes da Santa Maria.
2 – O HRG faz 600 partos por mês, quando tem capacidade para realizar 300. Ou seja, o dobro.
3 – O hospital também sofre com a falta de berços e enxovais adequados para recém-nascidos.
4 – A estrutura do hospital é absolutamente comprometida e ultrapassada, provocando situações nas quais as mães devem se ausentar dos locais onde estão com seus recém-nascidos, por falta de banheiro.
O SindEnfermeiro acredita que fatores como esses, infelizmente, contribuem para que aconteçam situações delicadas como essa do HRG.
Por fim, o sindicato reafirma que lamenta imensamente o ocorrido e que está à inteira disposição para qualquer esclarecimento e colaboração.
Estado da criança
A criança encontra-se estável, com sinais ativos e reativos e reflexos neuromotores e vitais normais, além de respirar sem auxílio de aparelho.
Ela segue sendo monitorada, no Hospital de Base.