Na manhã da última quarta (15), estudantes, servidores públicos e professores fizeram um grande protesto em Brasília contra os cortes de verbas para a educação pública, principalmente para os Institutos Federais (IFs) e Universidades. A manifestação, que faz parte do dia de Greve Nacional da Educação, também contou com a participação de alunos e professores da educação básica do Distrito Federal.
O Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF) participou do protesto com a banca do Fórum Distrital Contra a Reforma da Previdência, arrecadando milhares de assinaturas em defesas da aposentadoria dos trabalhadores. Os diretores Jorge Henrique e Adriano Limírio estiveram presentes no ato – onde professores e estudantes de Enfermagem se somaram ao sindicato durante o protesto, levantando a pauta de defesa das aposentadorias, uma das bandeiras de luta no Dia Nacional de Greve da Educação.
Segundo informações do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (SINPRO-DF), a manifestação teve a participação de 50 mil pessoas. Os manifestantes saíram do Museu Nacional em direção ao Congresso Nacional, onde o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, seria recebido pelos deputados federais para explicar os cortes na educação.
Para Jorge Henrique, diretor do SindEnfermeiro, “o dia nacional de luta em defesa da educação é uma importante iniciativa contra o sucateamento das universidades e institutos federais, pois a educação já está sofrendo com a Emenda Constitucional 95, que congela os investimentos na área por 20 anos”. Para Jorge, além da defesa da educação e da aposentadoria, os protestos também são importantes para a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), que pode ser o próximo a sofrer com os cortes de verbas.
O diretor Adriano Limírio – que também é professor de enfermagem, ressalta a importância da luta pela defesa da educação no Brasil. “As universidades são instituições públicas que trazem no seu esteio a responsabilidade de empoderar gerações, em busca da autonomia e da liberdade para contribuir com o crescimento e grandeza da nação”, afirma.
O ato também foi um momento de preparar os trabalhadores e a juventude para a Greve Geral, convocada pelas centrais sindicais para o dia 14 de junho. O SindEnfermeiro se posiciona de forma contrária aos cortes orçamentários nas instituições públicas de ensino, levando em consideração a importância de uma educação pública e de qualidade para a redução das desigualdades tão presentes no Brasil.