O Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF) participou, na última quarta (1º), do Ato Unificado do Dia do Trabalhador, realizado na Praça do Relógio, em Taguatinga. O Secretário-Geral do SindEnfermeiro, Jorge Henrique, e o diretor Adriano Limírio estiveram presentes na mobilização – que contou com a participação de entidades sindicais de diversas categorias, movimentos sociais e estudantis.
O evento, que durou até o início da tarde intercalando entre apresentações culturais e falas dos representantes de movimentos, teve como principal objetivo protestar contra o modelo de reforma previdenciária proposta pelo governo Bolsonaro, que retira direitos históricos dos trabalhadores, além de precarizar ainda mais as relações de trabalho entre patronato e empregados.
O secretário-geral do SindEnfermeiro, Jorge Henrique, ressalta o acelerado processo de retirada de direitos que, segundo ele, vêm se acentuando desde o governo Temer. “Nos últimos anos, tivemos a aprovação da PEC 95, que congela os gastos públicos por 20 anos, além da aprovação da reforma trabalhista. Agora temos a proposta de reforma previdenciária, que serve apenas para enriquecer ainda mais os bancos, e retirar mais direitos do trabalhador.”
A aprovação da reforma traz malefícios especificamente para os enfermeiros, que necessitam de aposentadoria especial, por conta das condições de insalubridade e estresse a que os profissionais estão expostos. Com a proposta de idade mínima para aposentadoria, os enfermeiros ficariam impedidos de solicitar a aposentadoria especial com 25 anos de serviço.
O diretor Adriano Limírio destaca o caráter lesivo da reforma, “que afeta não só os trabalhadores da ativa, mas também os já aposentados e aqueles que necessitam da assistência da Previdência Social. Sem contar que o regime de capitalização passará para as mãos do sistema privado, que como bem sabemos, não tem nenhum interesse em favorecer as classes menos abastadas”, conclui.
O Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal se posiciona de maneira contrária à Reforma da Previdência, que tem como único propósito favorecer os bancos privados e os patrões, deixando os trabalhadores ainda mais vulneráveis economicamente e retirando direitos que demoraram décadas para serem consolidados.