Na última segunda-feira (18), a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF), Dayse Amarílio, e os diretores executivos Tarcísio Faria e Marcio da Mata, estiveram na audiência que debateu “Qual o modelo assistencial capaz de tirar a saúde do DF da UTI?”, realizada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e presidida pela deputada distrital Arlete Sampaio (PT-DF).
A sessão também contou com a presença do secretário de saúde, Osnei Okumoto, além do alto escalão da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), deputados e membros do Conselho de Saúde – incluindo a presidente, Lourdes Piantino.
Os subsecretários de saúde apresentaram o planejamento estratégico para cada setor da secretaria, trazendo dados sobre valores a serem gastos, o déficit de cada área e as medidas tomadas na atual gestão. Foi abordada, ainda, a efetividade da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e da Atenção Primária (APS) como alternativa para desafogar os hospitais de alta complexidade da rede pública.
Na audiência, também estavam presentes entidades representativas da área da saúde e dos servidores em geral, que questionaram o modelo proposto pelo governador Ibaneis Rocha (MDB-DF), que cria o Instituto de Gestão Especial da Saúde do Distrito Federal (IGES-DF) – e a sua possibilidade de expansão para toda a rede pública do DF.
Servidores precisam fazer parte das discussões
Em fala durante a audiência, Dayse Amarílio apontou alguns dos problemas que afetam a qualidade do atendimento – como a falta de insumos e a má aplicação dos recursos. “Precisamos saber para onde estão indo esses recursos, e aplicar onde realmente se fazem necessários”, pontuou.
Para a presidente, o servidor – assim como a população, vem sofrendo com a má gestão e a situação caótica da saúde no DF. “O servidor vem sendo apontado como o principal culpado dos problemas, e está se afastando da população. Nós temos a maior força de trabalho e de recursos humanos do país, e precisamos dar condições de trabalho, além de ouvir os profissionais, para que eles possam trabalhar a todo vapor”, finaliza.
Por fim, o SindEnfermeiro ressalta a importância da participação popular e dos servidores, e convida para acompanhar as discussões, buscando contribuir na construção de uma nova perspectiva para a gestão da saúde do Distrito Federal.