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Em assembleia, enfermeiros votam por paralisação de 24h na luta pelo Piso Salarial

Publicada em 15 de setembro de 2022

Na manhã de hoje (15), cerca de 150 pessoas participaram da Assembleia Geral Virtual organizada pelo SindEnfermeiro-DF para debater sobre as mobilizações pelo piso salarial, onde ficou definido por votação unânime que os enfermeiros do Distrito Federal vão aderir à paralisação nacional da categoria, programada para a próxima quarta (21).

O presidente em exercício do SindEnfermeiro, Jorge Henrique, e a diretora Ursula Nepomoceno conduziram os trabalhos da assembleia, onde também foi aberto espaço para falas dos enfermeiros, sugestões e orientações para a manutenção das mobilizações – que têm como objetivo pressionar não apenas o STF em relação à suspensão da lei, mas também os poderes Executivo e Legislativo pela definição imediata das fontes de custeio.

DF vai aderir à paralisação nacional da Enfermagem

A primeira deliberação da assembleia, aprovada por unanimidade entre os presentes, foi a respeito da convocação para a paralisação nacional dos profissionais de enfermagem, que será realizada no próximo dia 21 de setembro. A ideia é que a categoria cruze os braços por 24 horas em protesto pela valorização através do piso, mantendo um efetivo mínimo de trabalhadores para que a população não seja prejudicada.

Os enfermeiros presentes também definiram por unanimidade um grupo de representantes em diferentes regiões do Distrito Federal para ajudar a coordenar as ações nas unidades de saúde. O grupo vai se reunir a partir de amanhã (16) para definir os próximos passos e estratégias da mobilização, e mais informações serão divulgadas em breve através dos canais de mídia do SindEnfermeiro.

STF tem ignorado trabalhadores

“Infelizmente as movimentações do STF – inclusive na votação para manter a suspensão, que está 5×3 – sinalizam que a preferência é pelo interesse dos patrôes”, afirmou Jorge. Ele também lembrou que as fontes de custeio foram amplamente discutidas quando o então PL 2564 tramitava no Congresso, o que deu a legalidade necessária ao piso. Para ele, a corte tem sido seletiva quando a pauta atinge diretamente o interesse do trabalhador.

“Nós não vimos o Judiciário se manifestar à respeito da reforma trabalhista ou do congelamento de gastos com a EC 95, por exemplo. Essa foi uma medida que precarizou e deixou o trabalhador ainda mais vulnerável aos interesses das elites, e mostra que o STF tem um viés classista – e não é o da classe trabalhadora. Por isso, vamos continuar fortalecendo as mobilizações nas ruas até que o piso seja finalmente implementado”, finalizou.