Na manhã de hoje (15), cerca de 150 pessoas participaram da Assembleia Geral Virtual organizada pelo SindEnfermeiro-DF para debater sobre as mobilizações pelo piso salarial, onde ficou definido por votação unânime que os enfermeiros do Distrito Federal vão aderir à paralisação nacional da categoria, programada para a próxima quarta (21).
O presidente em exercício do SindEnfermeiro, Jorge Henrique, e a diretora Ursula Nepomoceno conduziram os trabalhos da assembleia, onde também foi aberto espaço para falas dos enfermeiros, sugestões e orientações para a manutenção das mobilizações – que têm como objetivo pressionar não apenas o STF em relação à suspensão da lei, mas também os poderes Executivo e Legislativo pela definição imediata das fontes de custeio.
DF vai aderir à paralisação nacional da Enfermagem
A primeira deliberação da assembleia, aprovada por unanimidade entre os presentes, foi a respeito da convocação para a paralisação nacional dos profissionais de enfermagem, que será realizada no próximo dia 21 de setembro. A ideia é que a categoria cruze os braços por 24 horas em protesto pela valorização através do piso, mantendo um efetivo mínimo de trabalhadores para que a população não seja prejudicada.
Os enfermeiros presentes também definiram por unanimidade um grupo de representantes em diferentes regiões do Distrito Federal para ajudar a coordenar as ações nas unidades de saúde. O grupo vai se reunir a partir de amanhã (16) para definir os próximos passos e estratégias da mobilização, e mais informações serão divulgadas em breve através dos canais de mídia do SindEnfermeiro.
STF tem ignorado trabalhadores
“Infelizmente as movimentações do STF – inclusive na votação para manter a suspensão, que está 5×3 – sinalizam que a preferência é pelo interesse dos patrôes”, afirmou Jorge. Ele também lembrou que as fontes de custeio foram amplamente discutidas quando o então PL 2564 tramitava no Congresso, o que deu a legalidade necessária ao piso. Para ele, a corte tem sido seletiva quando a pauta atinge diretamente o interesse do trabalhador.
“Nós não vimos o Judiciário se manifestar à respeito da reforma trabalhista ou do congelamento de gastos com a EC 95, por exemplo. Essa foi uma medida que precarizou e deixou o trabalhador ainda mais vulnerável aos interesses das elites, e mostra que o STF tem um viés classista – e não é o da classe trabalhadora. Por isso, vamos continuar fortalecendo as mobilizações nas ruas até que o piso seja finalmente implementado”, finalizou.