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Situação da APS é debatida em assembleia do SindEnfermeiro

Publicada em 15 de agosto de 2022

Na noite da última quinta (12), o Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF) realizou assembleia com os enfermeiros que atuam na Atenção Primária em Saúde. Com início às 19h15, a assembleia foi mediada pelo presidente em exercício do SindEnfermeiro, Jorge Henrique, e pelos diretores Márcio da Mata e Ursula Nepomoceno.

A assembleia teve como objetivo debater a situação da Atenção Primária em Saúde e fazer um diagnóstico dos problemas que envolvem a APS atualmente no DF. Durante o encontro, os representantes do sindicato expuseram as ações que estão sendo feitas politicamente em defesa dos trabalhadores que já estão na APS e para os concursados que deveriam estar alocados lá também.

Além disso, os enfermeiros também puderam relatar os problemas e as dificuldades que estão sendo enfrentados no dia a dia da Atenção Primária. Entre as principais queixas estão a “falta de FAZER SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE”. Os profissionais também expuseram o fato do atendimento à demanda espontânea estar transformando as UBSs quase que em UPAS, já que estas estão atendendo quase que de portas fechadas.

A categoria precisa participar

A diretora do SindEnfermeiro, Ursula Nepomoceno chamou atenção para a pouca adesão dos trabalhadores aos chamamentos do sindicato. “A categoria precisa participar mais para discutir não apenas os problemas, mas propor melhorias e sugestões para que sejam levadas à mesa de negociação da Secretaria de Saúde”, afirmou a diretora.

“Nós só iremos conseguir melhorias para a APS quando nos mobilizarmos para isso acontecer. Nós temos uma falta de infraestrutura nas UBS, problema de recursos humanos, e cada vez mais os pacientes estão usando as unidades básicas como porta de entrada. No entanto, como servidores públicos, precisamos lutar por mais financiamento público para a Atenção Primária”, completou Ursula.

Dificuldades da APS

De acordo com o presidente do SindEnfermeiro, Jorge Henrique, existe uma dificuldade na implementação da Estratégia em Saúde da Família por parte da APS, uma vez que ela está voltada para o atendimento de demandas espontâneas. “Não existe uma organização central por parte da Secretaria de Saúde em estabelecer fluxos com a regionais, educação continuada para fortalecer a percepção dos enfermeiros e de outros profissionais.”, pontuou Jorge.

“O sindicato tem feito essa discussão como forma de melhorar os processos de trabalho e gestão. Pra isso, nós temos proposto reuniões periódicas com a SES no intuito de encontrar soluções conjuntos para os problemas da Atenção Primária. Inclusive, a nota técnica do acolhimento ela surgiu como forma de aumentar a sensibilidade das UBS em relação às demandas da população e fortalecer a APS com o recrutamento de mais enfermeiros de Saúde de Família para a Atenção Primária”, descreveu Jorge.

“Nós avaliamos que e muito importante fazermos a discussão sobre a necessidade de reestruturar a carreira de enfermeiros considerando a possibilidade dos enfermeiros generalistas fazerem a conversão para a saúde da família. Além disso, é necessário considerar o fortalecimento da Atenção Primária com os enfermeiros de 2018. Muitos estão em hospitais, mas estão aguardando ir para a saúde da família. Isso possibilitaria a expansão da Estratégia em Saúde da Família com o aumento de equipes de saúde da família nas UBS, ainda mais porque existe um vazio assistencial grande no DF. Tudo isso é muito importante para consolidarmos o processo de transformação do modelo tradicional para o modelo de estratégia em saúde da família”, completou Jorge.