Na noite da última segunda-feira,18, o Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF) realizou uma assembleia virtual para debater e definir estratégias de mobilização para a reestruturação da carreira de enfermeiro na Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). O encontrou contou com cerca de 115 profissionais e foi conduzido pela presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio, e pelos diretores Jorge Henrique e Ursula Nepomoceno.
No início da assembleia, a diretoria do sindicato explicou as movimentações que estão acontecendo no momento. O secretário-geral, Jorge Henrique, relatou as ações que o SindEnfermeiro tem feito a cerca da CPI da Pandemia no DF e da CPI do IGESDF. Durante sua fala, Jorge contextualizou como a situação do instituto tem interferido e quais as outras consequências poderão atingir os servidores da SES, já que atualmente o IGESDF recebe aproximadamente 30% de todo o orçamento destinado à saúde do Distrito Federal.
A diretora Ursula Nepomoceno falou sobre o pagamento da 3ª parcela do aumento e como os enfermeiros devem agir para calcular e ver qual o real percentual que irão receber, pois cada servidor tem uma especificidade e que deve ser analisada individualmente.
O papel do sindicato nas mobilizações
A presidente, Dayse Amarílio, explicou todo o rito que precisa ser feito para que o Executivo apresente o projeto de reestruturação. “É necessário que o Palácio do Buriti encaminhe o texto dizendo como será o aumento, como ele vai se dar. Porque é ele que executa a verba disponibilizada pela LDO. Tudo que fala sobre impacto orçamentário que diz respeito a exercício da carreia pública precisa vir do Executivo”, apontou a presidente.
De acordo com Dayse, o sindicato fez um estudo orçamentário do impacto da reestruturação da carreira que apontou um percentual de 5% de impacto na folha de pagamento – contabilizando enfermeiros nomeados, aposentados e contemplando a 3ª parcela do aumento. Além disso, o estudo tem a exposição dos motivos e sinalizações que o Executivo pode apresentar para que a readequação aconteça.
Dayse também adiantou que o SindEnfermeiro tem feito um trabalho nos bastidores. Inclusive, na quarta-feira (20), acontecerá uma reunião com um deputado da base do governo para que se intensifique as negociações com o Buriti. Essas são algumas faz estratégias que o sindicato tem feito para que a equiparação e reestruturação da carreira aconteça.
Encaminhamentos
Durante a assembleia foi proposto a criação do Dia D – com mobilizações em frente ao Palácio do Buriti e em solenidades que o governador esteja –, criação de um calendário de mobilizações e mobilizações com a população e a criação de uma comissão de mobilização permanente formada por enfermeiros e sindicato para traçar as estratégias que serão feitas. 72 participantes votaram a favor e apenas 1 votou contra.
Foi levantada por um dos participantes da assembleia a possibilidade da deflagração de estado de greve por parte da categoria. No entanto, outros enfermeiros apresentaram contrapontos acerca da proposta. Aberta para votação, a maioria não aceitou a proposta de deflagração do estado de greve. Ao todo, foram 72 votos contra e apenas 1 a favor da deflagração do estado de greve.
Enfermeiros mobilizados
A presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio, avaliou a assembleia como boa, mas destacou a tímida participação da categoria diante da proporção e da importância do tema. “Esperamos que a pactuação com a categoria seja feita e que nós possamos estimular uma adesão ainda maior dos enfermeiros. A hora é agora. O sindicato somos nós e não podemos pensar em uma mobilização sem a categoria. As estratégias têm sido feitas, mas a construção do movimento é coletiva”, afirmou Dayse.
Para o secretário-geral do SindEnfermeiro-DF, Jorge Henrique, a assembleia mostrou que os enfermeiros estão mobilizados para conquistar a reestruturação da carreira e corrigir as discrepâncias entre os profissionais de nível superior na SES DF. “A conquista dessa bandeira histórica é uma questão de justiça, pois os Enfermeiros são essenciais para a saúde pública do DF, estão desenvolvendo um papel muito importante na pandemia e estão à frente da campanha de vacinação contra a covid19, salvando a vida de milhões de brasilienses. Valorizar a enfermagem, nesse momento, portanto, é fortalecer o SUS e democratizar o acesso da população à saúde”, finalizou Jorge.