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O Instituto de Previdência do Distrito Federal (IPREV-DF) suspendeu mais uma vez a realização da prova de vida presencial dos servidores aposentados e pensionistas do serviço público do Distrito Federal. A portaria foi publicada ontem (14) e já está valendo.
De acordo com o IPREV, a suspensão se deu por conta da recente alta no número de casos do coronavírus, fazendo com que os aposentados – parte do grupo de risco – não tenham que ir até uma agência do Banco de Brasília (BRB) para fazer a verificação.
A suspensão da prova de vida ocorreu após pressão de diversas entidades, como a Central Judicial do Idoso – composta pelo Ministério Público do DF (MPDFT), Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) e pela Defensoria Pública (DPDF) – que pediu explicações ao órgão sobre a retomada dos procedimentos no início do mês.
Para a presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio, a medida traz maior segurança para os aposentados, e a suspensão se faz necessária até que a população esteja devidamente vacinada.
“A questão é que estamos tendo uma alta nos casos, e a nossa única garantia de que vamos ter certa segurança em relação ao vírus é com a chegada da vacina – principalmente para os idosos, que fazem parte do grupo de risco. Tem que segurar um pouco, até para proteger a população mais vulnerável”, afirmou.
Já para o secretário-geral do sindicato, Jorge Henrique, a prioridade é manter o pagamento dos benefícios aos aposentados e pensionistas – considerando o grave momento de crise pelo qual o país passa – e sugere, ainda, a criação de mecanismos digitais que possam substituir a prova de vida presencial.
“A vida das pessoas não pode ser colocada em risco. De fato, o mais importante neste momento é que os benefícios não sejam bloqueados. Mas, para coibir as fraudes, uma boa alternativa seria a criação de um mecanismo que permitisse a comprovação da prova de vida de forma digital”, aponta.
O que é a prova de vida?
A prova de vida, realizada anualmente, tem como objetivo evitar fraudes no sistema previdenciário através da confirmação de que o beneficiário está vivo, e que os valores estão sendo devidamente entregues a quem é de direito.
Em março de 2020, os procedimentos haviam sido suspensos devido à chegada da pandemia do coronavírus, mas foram retomados no último dia 5 de janeiro deste ano. No entanto, diversas entidades e parlamentares – como o distrital Jorge Vianna (Podemos) – questionaram o retorno das atividades em meio à alta dos casos de coronavírus.
No entanto, de acordo com dados do IPREV-DF, durante o período de suspensão, mais de 24 mil beneficiários compareceram às agências do BRB voluntariamente para realizar a prova de vida.
Com informações do G1 DF
