Na noite da última quinta-feira (06), o Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF) realizou uma assembleia com os enfermeiros do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) para tratar do pagamento da primeira parcela do 13º salário dos trabalhadores do instituto.
Por causa da pandemia e para evitar aglomerações, o encontro aconteceu de maneira virtual, e contou com a presença da presidente e do secretário-geral do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio e Jorge Henrique – respectivamente -, de trabalhadores e um representante do departamento jurídico do sindicato.
Proposta do IGES e ações do SindEnfermeiro
A pauta principal da reunião foi a proposta oficial do IGESDF sobre o pagamento da primeira parcela dos 13º salário dos trabalhadores. Os representantes do SindEnfermeiro expuseram a situação do instituto para os trabalhadores. A maioria dos enfermeiros presentes votou por aceitar o pagamento da primeira parcela do 13º salário até o dia 14 de agosto de 2020.
De acordo com o instituto, a mudança na data do pagamento se deu por conta de dificuldades junto a alguns fornecedores –que aceitam apenas pagamentos à vista pelo fornecimento de produtos e serviços além do o aumento absurdo de itens essenciais como medicações utilizadas em procedimentos, o que, segundo o IGES, poderia levar ao risco de desabastecimento de insumos essenciais nas unidades.
Por conta da atuação do SindEnfermeiro, o IGESDF abriu essa negociação, uma vez que ao tomar ciência da mudança na data do pagamento, o sindicato solicitou uma reunião com o presidente do instituo e com o secretário de saúde, para que houvesse uma proposta concreta para resolução dessa questão.
Além disso, foram apresentadas as ações administrativas e jurídicas que o sindicato tem tomado em combate à Covid-19. Especialmente as que visam garantir a melhoria de condições de trabalho para a categoria, com destaque para as ações que visam impedir o descumprimento de normas de saúde e segurança do trabalho. Outro ponto exposto foi a ação judicial sobre o pagamento de 40% de insalubridade aos enfermeiros que estão diretamente expostos à Covid.
Condições de trabalho
Questionados sobre o fornecimento e a qualidade dos equipamentos de proteção individual (EPIs) fornecidos pelo IGESDF, os enfermeiros relataram a distribuição dos EPIs está satisfatória, porém, a qualidade não está adequada.
De acordo com eles, a última remessa de máscara não continha filtro, os capotes cirúrgicos não estão sendo trocados quando necessário e as máscaras N95 foram fornecidas de forma insuficiente. O SindEnfermeiro continuará com as cobranças e tratativas para que sejam garantidos e oferecidos aos trabalhadores EPIs de qualidade.
A assembleia contou com a participação de enfermeiros lotados no Hospital de Base, Hospital Regional de Santa Maria e nas Unidades de Pronto Atendimento de Ceilândia e Samambaia.