O Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF) esteve, na manhã desta segunda (23), no Hospital das Forças Armadas (HFA), no Cruzeiro, para apurar denúncias recebidas à respeito da falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) na unidade, com base em vídeo divulgado nas redes sociais durante o último final de semana.
O diretor executivo do sindicato, Tarcísio Faria, o presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (COREN-DF), Marcos Wesley, o secretário da entidade, Tiago Pessoa, e a gerente de fiscalização Daniela Bonacasata se reuniram, na ocasião, com a tenente-coronel Rosana Trojan, coordenadora de enfermagem e o contra-almirante Nestor Francisco Miranda, diretor de saúde do hospital – que também apresentaram as instalações da área destinada ao tratamento de pacientes com problemas respiratórios.
Durante a visita, ficou constatado que, ao contrário do que afirmava a denúncia recebida, o hospital não está sofrendo com a falta de EPIs, mas que há um racionamento da distribuição dos insumos – tendo em vista a necessidade de uso por todos os profissionais, seguindo protocolos que também vem sendo adotados em unidades da Secretaria de Saúde (SES-DF).
Além disso, foi observado que a unidade apresenta boas condições sanitárias e de segurança aos profissionais de saúde, pacientes e servidores, e a diretoria do HFA se mostrou atenta à situação e aberta ao diálogo com as entidades de classe da saúde.
Segundo Tarcísio, a coordenadora de enfermagem da unidade apresentou um balanço da quantidade de máscaras utilizadas pelo HFA em condições normais, como exemplo para a necessidade do uso racional dos EPIs.
“O hospital, normalmente, utiliza cerca de 15 mil máscaras por mês. No entanto, durante o último mês, o uso triplicou, chegando a 45 mil máscaras. Além disso, só na última sexta-feira, no período de 12 horas, o hospital utilizou 65 máscaras do tipo N95”, afirmou, ressaltando a compreensão da efetiva necessidade do regime de racionamento.
O SindEnfermeiro-DF reitera o seu papel de vigilância neste momento complicado, colocando-se à disposição para continuar recebendo denúncias, averiguar possíveis problemas nas unidades de saúde no combate ao coronavírus e buscar soluções conjuntas e propositivas no enfrentamento ao Covid-19.