A FUEnf se reuniu na manhã da última terça-feira para debater a suspensão da Portaria 33 da SES-DF. A portaria foi suspensa na manhã de terça sem nenhuma justificativa da gestão.
A Frente Única da Enfermagem (FUEnf) se reuniu na manhã da última terça-feira (04), para debater os aspectos da suspensão da Portaria 33 da SES-DF. A FUEnf solicitou que representantes da Diretoria de Enfermagem (DIENF) da Secretaria de Saúde (SES-DF) também participassem do encontro, que contou com a presença do deputado distrital Jorge Vianna.
A portaria foi suspensa na manhã do dia 04 sem nenhuma justificativa da gestão. O texto apenas ampliava condutas já adotada pelos enfermeiros da Atenção Primária para a Atenção Secundária e Terciária, condutas essas já respaldadas pela Lei de Exercício Profissional.
Para a presidente do SindEnfermeiro e membro da FUEnf, Dayse Amarílio, a suspensão da portaria é um retrocesso, pois retira o direito de acesso da grande massa da população. “Estamos na eminência de uma epidemia de dengue e da entrada do Coronavírus no país”, apontou.
“A não atuação do enfermeiro em outras instâncias de atenção – secundária e terciária – pode fazer com que não haja um diagnóstico precoce e nem uma conduta de atendimento podendo gerar mortes à população. A suspensão da portaria é sim um risco para os brasilienses”, completou a presidente do SindEnfermeiro.
Segundo Dayse, “o maior desejo da Frente Única da Saúde é garantir que a população tenha acesso à saúde, uma vez que os enfermeiros são profissionais preparados para cuidar com ciência e responsabilidade”, finalizou.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Enfermagem do DF, Marcos Wesley Feitosa, “a lei que regulamenta o exercício da Enfermagem assegura a competência legal do enfermeiro na prescrição de medicamentos e não podemos prescindir desses direitos, pois dependemos deles para atender o interesse público”.
A FUEnf está estudando medidas para que a discussão seja levada a um nível em que a gestão tenha compromisso com a população. De acordo com a instituição, o desejo é que os enfermeiros através do seu trabalho mudem o perfil da assistência de Brasília. Isso vai além de qualquer tipo de cooperativismo ou de nicho de categoria.